
Eis que o fenômeno dos palcos e da internet, Whindersson Nunes, resolveu abrir o jogo sobre algo que muita gente nem desconfiava. Num papo que misturava risadas com momentos de profunda reflexão, o comediante revelou ter sido diagnosticado com altas habilidades — ou como alguns preferem chamar, superdotação.
"Sabe aquela sensação de ser um peixe fora d'água? Desde pequeno, eu sentia que minha cabeça funcionava num ritmo diferente", confessou o artista, com aquela mistura típica dele de seriedade e piada pronta. A descoberta veio após uma avaliação detalhada com especialistas, mas ele mesmo já desconfiava há tempos.
O caminho até o diagnóstico
Não foi do dia para a noite. Whindersson contou que passou por vários profissionais até fechar o diagnóstico. "Tinha hora que eu achava que era só ansiedade mesmo, ou TDAH. Mas aí vinham esses insights criativos, essas ideias que surgiam do nada...", relatou, esboçando um sorriso meio sem graça.
O que pouca gente sabe:
- A capacidade de aprender coisas novas em tempo recorde
- Aquela famosa "hiperfoco" em assuntos do interesse
- E sim, a dificuldade em se encaixar nos padrões desde a escola
"Na sala de aula eu era o palhaço, claro. Mas também o que resolvia os problemas de matemática antes de todo mundo e depois ficava entediado", lembrou, com uma pitada de sarcasmo na voz.
Altas habilidades x vida real
Aqui é onde a coisa fica interessante. Ter uma mente que funciona a mil por hora não é exatamente um mar de rosas — e Whindersson não tem medo de mostrar isso. "Já me chamaram de preguiçoso porque eu não seguia o ritmo dos outros. Ironia, né?", soltou, levantando as sobrancelhas.
Entre um gole de café e outro, ele descreveu como lida com essa característica no dia a dia:
- Criar rotinas que funcionem para seu cérebro acelerado
- Aprender a dosar a energia (sim, até para um furacão como ele)
- E o mais difícil: aceitar que nem todo mundo vai entender
"Tem dias que é um dom, outros que parece uma maldição", brincou, antes de ficar sério novamente. "Mas hoje eu entendo melhor como navegar nisso."
E os projetos futuros?
Com aquele jeito despojado que só ele tem, Whindersson adiantou que está trabalhando em coisas novas — e claro, no seu próprio ritmo. "Quando a ideia vem, vem. Não adianta forçar", filosofou, antes de soltar uma piada sobre procrastinação criativa.
O que fica claro é que, diagnóstico ou não, ele continua sendo aquele cara que consegue fazer milhões de pessoas rirem — e agora, quem sabe, ajudar outros que se identificam com sua história.