Quem diria que um filme sobre uma adolescente tentando salvar o emprego do pai se tornaria um marco cultural? Pois é exatamente isso que Uma Sexta-Feira Muito Louca representa não só para o público, mas para a própria Lindsay Lohan.
Em entrevista recente, a atriz — que hoje está mais focada em projetos pessoais e menos no turbilhão hollywoodiano — revelou que o longa de 2003 foi muito mais do que uma comédia boba. Foi um divisor de águas.
O peso da nostalgia
"Quando as pessoas me param na rua, 90% das vezes é para falar desse filme", conta Lohan, com um sorriso que mistura carinho e certa exasperação. Não é pra menos: o papel de Anna Coleman a tornou uma das jovens estrelas mais reconhecidas do planeta.
Mas o que pouca gente sabe? Ela quase recusou o papel. "Na época, eu queria fazer coisas mais 'sérias'", admite, rindo da própria pretensão juvenil. "Que sorte que me convenceram!"
Um ciclo que se fecha
Passados mais de 20 anos, Lohan vê o filme com outros olhos:
- Não é só sobre as risadas — fala de família, responsabilidade e crescimento
- O sucesso inesperado moldou sua carreira de formas imprevisíveis
- Hoje, ela reconhece o valor do projeto que muitos consideravam "descartável"
"Tem uma cena em que meu personagem diz 'Isso não é só sobre salsichas!'. Pois é, o filme também não era só sobre piadas", reflete a atriz, filosofando sobre como a obra ganhou camadas com o tempo.
O que vem pela frente?
Longe dos holofotes intensos que a consumiram na juventude, Lohan agora equilibra projetos seletos com a vida familiar. E faz questão de deixar claro: não há ressentimentos com o passado — apenas gratidão pelo caminho percorrido.
"Aquela garota de 17 anos que gravou o filme mal sabia o que estava por vir", diz, com a sabedoria de quem viveu altos e baixos sob os olhos do mundo. "Mas cada frame, cada frase icônica... Tudo faz parte da minha história."
E para os fãs que ainda esperam uma sequência? Ela ri: "Nunca diga nunca, mas acho que algumas magias são melhores deixadas como estão".
