Censura em Sorocaba: Teatro, beijo e até notícias já foram alvos de polêmicas
Censura em Sorocaba: casos polêmicos que chocaram a cidade

Não é de hoje que Sorocaba vira palco de discussões acaloradas sobre o que pode ou não ser dito, mostrado, encenado. A cidade, que respira cultura, já teve sua cota de polêmicas envolvendo censura — e olha que a gente nem tá falando da ditadura, viu?

Quem lembra daquele beijo no palco que quase causou um terremoto em 2019? Dois atores se beijando numa cena de amor, coisa mais normal do mundo, e ainda assim teve gente que quis meter o bedelho. "Indecente", diziam. Como se amor fosse crime.

Teatro na mira

Pior foi em 2017, quando uma peça sobre diversidade sexual foi cancelada às vésperas da estreia. Pressão de grupos conservadores, claro. Os atores ensaiaram meses pra nada. "É como se cortassem nossa língua", desabafou um dos envolvidos, ainda com a voz embargada.

Mas calma, que a lista não para por aí:

  • Exposição de fotos censurada por "mostrar muita pele" (era um ensaio sobre o corpo humano, pasme!)
  • Jornal local pressionado a não publicar denúncias contra políticos
  • Até uma performance de dança contemporânea já foi taxada de "imoral"

E aí, cadê a liberdade?

O que mais assusta é que isso tudo aconteceu nos últimos anos, não nos tempos sombrios da repressão. Parece que certos setores da sociedade nunca saíram realmente dos anos 1960 — só trocaram as fardas por ternos caros.

"A luta é atual e não termina", alerta a professora de artes Mariana Campos, que já viu vários projetos seus caírem por terra por conta de censura velada. "Eles não usam mais documentos oficiais, mas o efeito é o mesmo: calar o que incomoda."

Enquanto isso, artistas locais seguem criando nas brechas, entre uma ameaça e outra. Porque arte, no fim das contas, é como mato: cresce até no asfalto rachado.