
Quem diria que a solução para um problema ecológico gigante viria de coelhinhos — mas não desses fofinhos de verdade. Na Flórida, onde pítons birmanesas viraram praticamente donas do pedaço, cientistas tiveram uma ideia no mínimo curiosa: usar robôs em forma de coelhos como isca para atrair as cobras invasoras.
Parece piada, mas é estratégia séria — e que, pelo visto, está funcionando. Esses coelhos mecânicos, que imitam movimentos reais, foram espalhados por áreas pantanosas onde as pítons costumam caçar. Quando as cobras atacam a "presa", sensores acionam um mecanismo que as prende. Genial, não?
Um problema que cresceu (literalmente)
As pítons birmanesas começaram a aparecer na Flórida nos anos 1980, provavelmente soltas por donos irresponsáveis de animais exóticos. Sem predadores naturais, elas se multiplicaram feito... bem, como coelhos. Hoje, estima-se que existam dezenas de milhares delas no estado, devorando animais nativos e bagunçando todo o ecossistema.
"É como se tivéssemos importado um monstro que não sabemos como controlar", comenta um biólogo local, que prefere não se identificar. "Já tentamos de tudo — caçadores, cães farejadores, armadilhas convencionais. Esses robôs são nossa última esperança."
Como funciona a armadilha high-tech
- Os robôs imitam perfeitamente os movimentos de coelhos bebês — presa favorita das pítons jovens
- Sensores de calor e movimento detectam a aproximação da cobra
- Quando a python ataca, garras mecânicas se fecham ao redor de seu pescoço
- Um sinal GPS alerta os controladores sobre a captura
Os primeiros testes, realizados no Everglades National Park, capturaram 14 pítons em apenas três semanas — número considerado animador pelos especialistas. "Claro que não vai resolver tudo de uma vez", pondera a Dra. Elena Martinez, envolvida no projeto. "Mas é uma ferramenta a mais no nosso arsenal."
Enquanto isso, os moradores da região torcem para que os "coelhinhos de metal" — como estão chamando os robôs — consigam frear a invasão que já dura décadas. Resta saber se essa solução criativa vai mesmo virar o jogo nessa batalha ecológica.