Um médico residente em Mato Grosso está em uma batalha judicial para conseguir a guarda de um macaco-prego que ele resgatou e cuidou após o animal sofrer a amputação de uma das patas. O caso ganhou repercussão após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreender o animal, alegando irregularidades na posse.
O médico, que preferiu não se identificar, encontrou o macaco-prego em situação crítica, com uma das patas gravemente ferida. Ele realizou os primeiros socorros e, posteriormente, a amputação foi necessária para salvar a vida do animal. Desde então, o profissional dedicou tempo e recursos para reabilitar o macaco, criando um vínculo afetivo com ele.
O conflito com o Ibama
O Ibama, no entanto, interveio no caso, argumentando que a posse de animais silvestres sem autorização é ilegal. O órgão apreendeu o macaco-prego e o levou para um centro de reabilitação, onde será avaliado para possível soltura na natureza.
O médico, por sua vez, alega que o animal não teria condições de sobreviver sozinho devido à amputação e ao tempo em cativeiro. Ele entrou com um pedido de guarda provisória, sustentando que o macaco recebe cuidados especializados em sua residência.
Debate sobre direitos animais
O caso reacendeu a discussão sobre a posse responsável de animais silvestres e os limites da atuação do Ibama. Enquanto alguns defendem a estrita aplicação da lei, outros argumentam que situações excepcionais, como esta, merecem uma análise mais humanizada.
Especialistas em fauna silvestre ponderam que cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando o bem-estar do animal e sua capacidade de readaptação ao habitat natural.
