Apreensão Chocante em Coromandel: Idoso Flagrado com 83 Aves Silvestres em Cativeiro Ilegal
Idoso multado em R$ 370 mil por criar 83 aves silvestres

Numa operação que mistura descaso ambiental e uma coleção ilegal de fazer corar qualquer amante da natureza, um senhor de 68 anos foi pego de surpresa em Coromandel, no Triângulo Mineiro. A cena: 83 aves silvestres — entre curiós, tico-ticos e papa-capins — trancafiadas em gaiolas, longe do seu habitat natural.

Pois é. A gente até imagina o canto desses bichos enchendo o quintal, mas a realidade é bem mais triste: cativeiro irregular, sem autorização, e um desrespeito gigante com a fauna brasileira.

Operação em conjunto prende infrator em flagrante

Não foi por acaso que a casa do idoso virou alvo. Denúncias anônimas levaram até lá uma equipe do Ibama, da Polícia Militar de Meio Ambiente e da Prefeitura de Coromandel. E não deu outra. Lá estavam elas: 83 aves, todas silvestres, todas sob custódia indevida.

O que mais choca — além do óbvio — é que muitas delas são espécies que a gente nem deveria ter contato, quanto menos prender numa gaiola. Curiós, tico-ticos... gente, são bichos que nasceram pra voar, não pra enfeitar quintal.

Multa astronômica e destino das aves

O valor da multa aplicada é daqueles que fazem a gente perder o fôlego: R$ 369.600. Sim, você leu certo. Quase 370 mil reais. Cada ave apreendida gerou uma multa unitária de R$ 4.451,76 — cálculo previsto na Lei de Crimes Ambientais.

E as penas não param por aí. O idoso ainda pode responder criminalmente, com base na mesma lei. Ou seja: o barato — ou no caso, o canto — saiu caríssimo.

As aves resgatadas seguiram para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) em Uberlândia. Lá, passarão por avaliação e, quem sabe, muitas voltarão para a liberdade. Porque é lá que elas deveriam estar, não numa gaiola em Minas Gerais.

Não é brincadeira: crime ambiental é coisa séria

Parece exagero? Não é. Manter animal silvestre em cativeiro sem autorização é crime federal. E casos como esse — ainda mais envolvendo idosos, que muitas vezes alegam "criação antiga" ou "afeto" — servem de alerta.

Não importa se é um pássaro, um jabuti ou um macaco: a lei é clara. Animal silvestre não é pet. E a natureza agradece quando a lei é cumprida.

O pior? Esse tipo de apreensão não é raro. Só em 2025, já foram várias operações do tipo pelo país. E sempre com o mesmo resultado: animais encarcerados e multas que doem no bolso.

Fica o recado — ou melhor, o canto de liberdade que essas aves merecem ouvir de novo, longe de gaiolas.