
Não é todo dia que a Justiça do Acre vira notícia por casos envolvendo animais, mas quando vira, é pra ficar de cabelo em pé. Um senhor de idade avançada — cujo nome a gente poupa aqui por questões legais — acabou de levar uma bronca judicial das grandes. O motivo? Deixou seus dois cachorros trancafiados em casa, sem comida ou água suficiente, enquanto viajava tranquilamente pelo estado.
Parece absurdo, né? Mas é a pura verdade. A história veio à tona depois que um vizinho, incomodado com os latidos incessantes, resolveu investigar. E o que ele encontrou foi de cortar o coração: os bichinhos, magros e desidratados, tentando sobreviver num ambiente sujo e sem condições mínimas de higiene.
O que diz a lei?
Pra quem acha que "é só um animal", a legislação brasileira tem outra opinião. A Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) é clara como água de coco: maus-tratos contra animais é coisa séria, podendo render desde multa pesada até cana — isso mesmo, cadeia! No caso do idoso, a juíza foi "na linha branda" (se é que dá pra chamar assim):
- Multa de R$ 3.000,00 — que vai pra protetores de animais
- Proibição de ter novos bichos por 2 anos
- Trabalho comunitário em ONG animal
E olha que ele escapou "fácil" — se os cachorros tivessem morrido, a história seria outra. A defesa tentou alegar que o homem "não sabia" das consequências, mas aí já é querer passar a perna na Justiça, não é mesmo?
E os cães?
A boa notícia — porque sempre tem que ter um lado bom — é que os peludos foram resgatados a tempo. Segundo o veterinário que os examinou, estavam desnutridos e com sinais de estresse, mas vão se recuperar. Já estão sob os cuidados de uma ONG local e, pasmem, até tem gente na fila pra adotar!
Pra quem tá pensando "ah, mas eu viajo e deixo meu pet sozinho", atenção: o problema não foi a viagem em si, mas a falta de planejamento. A juíza deixou claro no processo: "O réu tinha alternativas — poderia ter contratado um petsitter, deixado em hotelzinho ou com conhecidos". Ou seja: descuido não é desculpa.
E aí, o que você acha? A pena foi justa ou faltou rigor? Uma coisa é certa: no Acre, agora todo mundo sabe — bicho não é objeto, é responsabilidade!