
Quem diria que o Brasil se tornaria um capítulo inesperado na saga dessas quatro girafas? Três anos se passaram desde que elas desembarcaram em terras brasileiras, vindas diretamente da África, e até agora — pasmem — não têm um destino certo.
Parece roteiro de filme, mas é a realidade: os animais, que deveriam ser a atração principal de um projeto de conservação, estão há mais de mil dias em um recinto provisório no Rio. E olha que não é qualquer "apartamento" — estamos falando de um espaço adaptado no Jardim Zoológico da cidade, mas que, convenhamos, não é o ideal para criaturas que costumam percorrer quilômetros nas savanas.
O que deu errado?
Ah, aí começa o novelo. O plano original era transferi-las para um parque ecológico em Minas Gerais, mas... (sempre tem um "mas") — burocracia, ajustes no local e a pandemia fizeram com que tudo emperrasse. Resultado? As girafas viraram "inquilinas" de um alojamento temporário por tempo indeterminado.
"Elas estão bem adaptadas, recebem cuidados veterinários diários e alimentação balanceada", garante um tratador. Mas ele mesmo admite, entre um suspiro e outro: "Girafa precisa de espaço. Muito espaço."
E agora, José?
Enquanto os órgãos ambientais discutem protocolos (porque no Brasil nada é simples), os animais seguem naquele limbo — nem aqui nem lá. Curiosamente, tornaram-se celebridades não planejadas: visitantes fazem fila para vê-las, e até selfies com as "modelos" de pescoço longo já viraram febre.
- Detalhe curioso: Duas são fêmeas jovens; as outras, machos adultos
- Custo mensal: R$ 15 mil só com alimentação (sim, elas comem feito rei!)
- Altura média: 5 metros — o equivalente a um prédio de dois andares
E o futuro? Bom... Entre papéis, licenças e projetos que não saem do papel, uma coisa é certa: enquanto os humanos decidem, as girafas continuam lá, mastigando folhagens e observando — com aquela paciência típica de quem tem o pescoço comprido — o desenrolar dessa história.
PS: Se depender delas, acho que já teriam resolvido na base do pescoção...