Cachorra heroína! Cadela de buscas ajuda bombeiros a encontrar homem desaparecido em Minas Gerais
Cadela acha desaparecido em MG; história emociona

Não foi sorte, nem coincidência. Foi trabalho duro, treinamento e um nariz que não erra. Nesta quarta-feira (7), um homem que estava desaparecido há horas foi encontrado — e a heroína da história tem quatro patas e um coração gigante.

Por volta das 15h, os bombeiros foram acionados para mais uma missão de busca. Dessa vez, nas redondezas de uma área rural em Minas Gerais. O que parecia ser mais um caso complicado — sabe como é, mato fechado, terreno irregular — ganhou um aliado inesperado: Maya, uma pastor belga malinois de 3 anos, especialista em farejar pessoas.

O faro que salvou uma vida

"Ela começou a ficar agitada, farejando um ponto específico perto de um córrego", contou o soldado Ribeiro, um dos responsáveis pela operação. "A gente conhece os sinais. Quando ela para e começa a cavar, é porque tem algo ali."

E tinha mesmo. A cerca de 500 metros do local onde a família havia visto o homem pela última vez, Maya farejou a vítima — um senhor de 62 anos que, desorientado, havia caído em um barranco. Fraco, mas consciente.

"Ele estava com hipotermia leve e desidratação", explicou a médica que o atendeu. "Mais algumas horas ali e o quadro poderia ter sido bem pior."

Treinamento que faz a diferença

Maya não é qualquer cachorra. Ela faz parte do Canil de Busca e Resgate do Corpo de Bombeiros há um ano e meio. São meses de treinos diários — sim, até nos fins de semana — para aperfeiçoar o que já vem de fábrica: um olfato 40 vezes mais potente que o nosso.

"As pessoas acham que é só soltar o cachorro e pronto", ri o adestrador Carlos. "Tem técnica, tem cheiro-alvo, tem reforço positivo. E claro, tem a paixão do animal pelo trabalho."

O desaparecido, que prefere não se identificar, já está em casa. À equipe, só agradeceu: "Pensaram que eu era só mais um velho perdido. Mas vocês vieram. E essa cachorra... essa cachorra é um anjo."

Já Maya? Ganhou seu prêmio: um pedaço de queijo e — o que ela mais gosta — carinho atrás da orelha. Justo.