Baleia morta em praia do Marajó intriga especialistas: o que aconteceu?
Baleia morta em praia do Marajó intriga especialistas

Era para ser mais um dia tranquilo nas praias de Soure, no arquipélago do Marajó, mas o que a maré trouxe na última terça-feira deixou moradores e especialistas de queixo caído. Uma baleia — sim, uma daquelas gigantes que normalmente só vemos em documentários — apareceu sem vida na areia, como se tivesse sido colocada ali por alguma força misteriosa.

"Nunca vi nada parecido nos meus 20 anos trabalhando aqui", confessou um pescador local, esfregando os olhos como se não acreditasse no que via. A cena era tão surreal que até os urubus pareciam hesitar antes de se aproximar.

Quebra-cabeça ambiental

Os biólogos que correram para o local — alguns ainda com café da manhã pela metade — se viram diante de um enigma digno de Sherlock Holmes. A baleia, um espécime adulto que devia pesar umas 20 toneladas (ou seja, mais que três elefantes juntos), não apresentava marcas óbvias de colisão com embarcações. Nem sinais de redes de pesca. Nada.

"Pode ter sido doença, intoxicação, ou algo que ainda não identificamos", especulou uma pesquisadora do Museu Emílio Goeldi, enquanto anotava dados em um caderno já encharcado de água do mar. A equipe coletou amostras que podem levar semanas para revelar seus segredos em laboratório.

Impacto na comunidade

Enquanto isso, o cheiro — que diga-se de passagem, não é exatamente um perfume francês — começou a se espalhar pela região. "É como ter um freezer gigante estragado na sua sala", brincou sem graça um morador, tentando disfarçar a preocupação com humor.

As autoridades locais já discutem o que fazer com o cadáver. Enterrar? Rebocar para alto mar? Cada opção tem seus prós e contras ambientais. Enquanto isso, crianças curiosas se aproximam — e são rapidamente afastadas pelos pais — do que se tornou a atração mais macabra da praia.

Uma coisa é certa: o mistério da baleia fantasma do Marajó vai render conversas nos bares e redações científicas por um bom tempo. A natureza, como sempre, nos lembra que ainda guarda muitos segredos — alguns deles, infelizmente, chegam mortos em nossas praias.