Abandono de cães na Zona Norte do Rio: Casos aumentam e mobilizam protetores
Abandono de cães na Zona Norte do Rio preocupa protetores

Não é novidade que o abandono de animais é um problema grave, mas o que está acontecendo na Zona Norte do Rio de Janeiro ultimamente beira o inacreditável. Só nesta semana, mais de 15 cães foram deixados à própria sorte em ruas e terrenos baldios — alguns amarrados em postes, outros simplesmente jogados como lixo.

"É de cortar o coração", desabafa Maria Lúcia, voluntária de uma ONG local. "A gente encontra desde filhotes até idosos, muitos desnutridos e assustados. Parece que virou moda descartar animal como se fosse um objeto."

O que está por trás do aumento?

Especialistas apontam três fatores principais:

  • Crise econômica — muita gente não consegue mais manter os pets
  • Falta de conscientização — compram por impulso e depois se arrependem
  • Falta de fiscalização — as leis existem, mas quase ninguém é punido

E olha que a coisa não para por aí. Segundo o Centro de Controle de Zoonoses, os números deste ano já superaram todo o registro de 2024. "É um absurdo sem tamanho", comenta um funcionário que preferiu não se identificar.

O trabalho dos anjos de quatro patas

Enquanto isso, protetores independentes e ONGs fazem milagres com poucos recursos. Lucas, que resgata animais há 8 anos, conta que já perdeu as contas de quantos salvou: "A gente se vira com doações, mas tá difícil. Só essa semana gastamos quase R$ 2.000 em veterinário."

E tem histórias que dão um nó na garganta — como a da cadela Nina, encontrada com sinais de maus-tratos e agora em recuperação. "Ela chegou tremendo, sem confiar em ninguém. Hoje já abana o rabo quando me vê", orgulha-se a tutora temporária.

O que fazer se encontrar um animal abandonado?

  1. Avise imediatamente as autoridades ou ONGs da região
  2. Se possível, ofereça água e comida (com cuidado!)
  3. Não tente abordar se o animal parecer assustado ou agressivo
  4. Compartilhe fotos em grupos de proteção animal

E se você está pensando em ter um pet, lembre-se: adoção é compromisso. "Melhor não ter do que abandonar", reforça Maria Lúcia, enquanto acaricia um vira-lata recém-resgatado.