
Parece que os ônibus viraram alvo preferencial de criminosos na selva de pedra paulistana. Só nos últimos dias, uma verdadeira epidemia de ataques — e olha que nem estamos falando de assaltos comuns, mas de puro vandalismo.
Quem circula pela Marginal Tietê, Avenida do Estado ou Radial Leste já sabe: é ali que a coisa tá feia. Segundo levantamentos, essas três vias concentram mais de 60% dos casos. Coincidência? Difícil acreditar.
Padrão preocupante
Os bandidos tão agindo quase sempre no mesmo esquema: no final da tarde, quando o trânsito engata e os passageiros ficam presos como sardinhas enlatadas. Pedradas, pichações, até incêndios — parece que perderam totalmente o medo.
E o pior? Algumas linhas específicas sofrem mais. A 1750 (Jabaquara-Ponte Pequena) e a 107T (Terminal João Dias-Terminal Bandeira) viraram alvos recorrentes. Quem usa esses trajetos diariamente já tá ficando com os nervos à flor da pele.
O que dizem as autoridades
O governo prometeu aumentar o policiamento — aquela velha história. Mas sabe como é né? Enquanto isso, os motoristas seguem fazendo malabarismos entre evitar os pontos críticos e manter os horários. Impossível.
Um condutor que prefere não se identificar contou, com a voz embargada: "É todo dia uma roleta-russa. Você sai de casa sem saber se volta inteiro". Dramático? Talvez. Mas quem tá vivendo essa realidade sabe que não é exagero.
Dicas para passageiros
- Evite ficar perto das janelas nos trechos críticos — parece óbvio, mas muita gente esquece
- Se possível, mude de lugar quando o ônibus parar em congestionamentos nessas áreas
- Mantenha o celular guardado — além de evitar assaltos, previne distrações
- Prefira os assentos do corredor nos horários de pico
E aí, será que essa onda de violência vai diminuir ou é só o começo? Difícil dizer. Enquanto as soluções não vêm, o jeito é ficar esperto. Como dizem por aí: em São Paulo, até pra andar de busão tem que ter jogo de cintura.