
Numa tarde que começou como qualquer outra em São João de Meriti, o cotidiano pacato da cidade foi abruptamente interrompido por um ato de violência que deixou todos boquiabertos. Por volta das 14h, um mototaxista — nome ainda não divulgado — decidiu enfrentar seus agressores durante uma tentativa de assalto. E pagou com a própria vida.
A cena foi digna de filme de ação, mas sem final feliz. Dois homens chegaram de repente, armados até os dentes, exigindo o veículo do trabalhador. Só que ele, talvez num ato de desespero ou coragem cega, resolveu não entregar seu ganha-pão sem luta. Erro fatal.
O que testemunhas contam
"Foi tudo muito rápido", disse uma moradora que preferiu não se identificar — medo, sabe como é? "Ouvi os gritos, depois os tiros... Quando olhei, ele já estava caído no chão." Os bandidos fugiram como ratos, deixando para trás não só um corpo, mas uma família despedaçada.
Curiosamente, a região onde ocorreu o crime não é considerada das mais perigosas. Ou era. Agora, os vizinhos andam com o pé atrás, desconfiando até da própria sombra. Quem diria que um simples mototaxista — aquele que todo mundo conhece, cumprimenta, mas mal nota — se tornaria o centro de uma tragédia dessas?
As consequências que ninguém vê
Além do óbvio — uma vida perdida —, histórias como essa criam ondas invisíveis. Quantos mototaxistas vão pensar duas vezes antes de trabalhar amanhã? Quantas famílias vão apertar o orçamento porque o "chefe" resolveu aumentar a segurança? E os clientes, que dependem desse serviço informal mas essencial?
A polícia promete investigar — sempre prometem, não é mesmo? — mas a sensação que fica é de que amanhã tudo continua como antes. Só que não. Nunca mais como antes.