
Mais uma noite que terminou em tragédia na capital paraibana. Dessa vez, o cenário foi o bairro do Grotão, onde um jovem de apenas 22 anos teve sua vida interrompida de forma brutal — e eu não consigo parar de pensar no tanto que essa violência tem se tornado rotina.
Segundo informações que consegui apurar, tudo aconteceu na noite de sexta-feira, por volta das 23h. O que seria apenas mais um final de semana comum se transformou num pesadelo quando vários disparos de arma de fogo ecoaram pela Rua José Lins do Rego. Os tiros, segundo testemunhas, soaram como fogos de artifício — mas a realidade era muito mais sombria.
Quando a poeira baixou, lá estava ele: caído no chão, sem chances de sobrevivência. A Polícia Militar chegou rapidamente ao local, mas o suspeito — ou suspeitos — já havia desaparecido na escuridão da noite. Que cena deve ter sido aquela, não é mesmo?
O que sabemos até agora
Os investigadores do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) assumiram o caso e trabalham com algumas linhas de investigação:
- A vítima foi atingida por múltiplos tiros, o que sugere uma execução — algo que me faz questionar: até onde vai essa violência?
- Nenhum suspeito foi preso até o momento, e as motivações do crime seguem sendo apuradas
- O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) para os procedimentos de praxe
O mais angustiante em casos como esse é o silêncio que geralmente se segue. As pessoas têm medo de falar, de contar o que viram — e quem pode culpá-las?
Um problema que se repete
Parece que toda semana temos uma notícia assim na região metropolitana de João Pessoa. O Grotão, especificamente, tem aparecido com frequência nos registros policiais por conta de conflitos — e isso é, francamente, desanimador.
Enquanto escrevo estas linhas, não consigo evitar pensar na família desse jovem. Imagino a mãe recebendo a notícia, o desespero, a sensação de impotência. São apenas 22 anos — quantos sonhos interrompidos, quantas possibilidades perdidas?
A verdade é que casos como esse nos fazem refletir sobre a segurança pública na nossa cidade. Até quando vamos conviver com esse tipo de violência? Que medidas estão sendo tomadas — de verdade — para proteger nossos jovens?
O DHPP prometeu que não vai medir esforços para elucidar esse crime. Resta torcer para que encontrem os responsáveis e, quem sabe, possamos ter um pouco mais de justiça — e um pouco menos de violência — nas nossas ruas.