A noite de terça-feira (26) em Seropédica terminou em sangue e luto. Por volta das 22h30, os sons habituais do bairro Campo Lindo foram interrompidos por disparos — e não foram fogos de artifício.
Testemunhas ainda sob choque relatam que tudo aconteceu rápido demais. Um homem de 32 anos, cuja identidade não foi divulgada, caminhava pela Rua Projetada quando foi surpreendido por pelo menos dois indivíduos. A conversa foi curta e terminou com tiros. Muitos tiros.
O que se sabe até agora? A vítima recebeu múltiplos impactos de bala no tórax e na cabeça. Os assassinos fugiram a pé, desaparecendo na escuridão como fantasmas. Ninguém viu placa de carro, ninguém reconheceu rostos. Só sobraram as cápsulas no chão e o silêncio pesado.
O cenário do crime
Quando a PM chegou, encontrou o homem já sem vida. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Itaguaí, onde peritos tentarão reconstruir os últimos momentos dessa história truncada. A motivação? Ah, a motivação… Robbery? Ajuste de contas? Ninguém sabe ao certo — e essa é a parte mais frustrante.
Moradores da região, que preferiram não se identificar (quem pode culpá-los?), falam em medo constante. "A gente vive cercado pelo perigo", disse uma mulher que ouvira os estampidos. "Isso aqui virou terra de ninguém."
O que fazem as autoridades?
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense assumiu o caso. Eles buscam imagens de câmeras de segurança — sempre tão poucas onde mais precisamos — e esperam que alguém decida falar. Mas numa região onde o silêncio vale mais que ouro, a esperança é commodity rara.
Enquanto isso, mais uma família chora. Mais um nome entra para as estatísticas. E o Rio? O Rio segue seu curso, entre belas paisagens e feridas abertas que não param de sangrar.
