Tiro para o alto durante baile funk em SP: vídeo choca e viraliza nas redes
Homem atira para o alto durante baile funk em SP; vídeo assusta

Não é todo dia que um vídeo consegue capturar o caos com tanta clareza — mas esse, infelizmente, não deixa margem para dúvidas. Nas imagens que estão circulando como rastilho de pólvora nas redes, um homem, em pleno baile funk na zona sul de São Paulo, ergue uma arma e dispara para o céu como se estivesse em um faroeste bizarro. A multidão, que até então dançava ao som das batidas, se dispersa em segundos. Alguns correm, outros se abaixam. O clima? Puro desespero.

O ocorrido, que parece cena de filme (mas é realidade nua e crua), aconteceu na noite desta quinta-feira (10). Segundo relatos de testemunhas — que preferiram não se identificar, e quem pode culpá-las? —, o sujeito agiu "como se estivesse brincando", mas a brincadeira, como sabemos, pode acabar em tragédia. Balas perdidas não escolhem alvo.

Reação nas redes: entre o choque e a revolta

Nas redes sociais, o vídeo virou polêmica instantânea. De um lado, os que culpam a "falta de policiamento"; de outro, os que lembram que, em pleno 2025, ainda precisamos discutir o óbvio: arma não é brinquedo. "Isso aqui é Brasil, não é Terra sem Lei", esbravejou um usuário no X (antigo Twitter). Outros, mais cínicos, comentaram: "Só falta agora alguém dizer que o problema é o funk".

E enquanto o debate esquenta virtualmente, moradores da região contam que cenas como essa estão longe de ser raras. "A gente já nem se assusta mais", disse uma jovem, que pediu para ser chamada apenas de Carol. Ela tem 19 anos e vive no bairro desde que nasceu. "É sempre a mesma coisa: vem gente de fora, arruma confusão, e quem se ferra somos nós."

O que dizem as autoridades?

Até o momento, a Polícia Militar não se pronunciou oficialmente sobre o caso — o que, convenhamos, não chega a surpreender. Fontes internas, no entanto, afirmam que as imagens estão sendo analisadas e que "medidas estão sendo tomadas". Vagueza burocrática à parte, a pergunta que fica é: quantos vídeos como esse precisarão viralizar para que algo mude?

Enquanto isso, o baile seguiu. Porque a vida, especialmente nas periferias, não para — mesmo quando deveria.