
Era pra ser apenas mais uma noite comum de trabalho. Mas o que deveria ser um momento de descanso se transformou num pesadelo de proporções dramáticas no coração de Divinópolis.
Por volta das 23h30 dessa segunda-feira, o garçom Wesley da Silva Nunes, de 24 anos, esperava tranquilamente seu ônibus no ponto localizado na Rua Minas Gerais – aquela mesma que corta o Danilo Passos, um bairro que até então respirava certa normalidade. De repente, sem qualquer aviso ou motivo aparente, o silêncio da noite foi quebrado por estampidos secos.
Três tiros. Três disparos que ecoaram na escuridão e encontraram seu alvo no corpo do jovem. Dois deles perfuraram seu braço direito, enquanto o terceiro – talvez o mais preocupante – alojou-se em seu abdômen.
O socorro que veio do asfalto
Imaginem a cena: um homem caído, sangrando, enquanto a pessoa ou pessoas responsáveis simplesmente evaporaram na noite. Quem faria algo assim? E por quê?
Felizmente – se é que podemos usar essa palavra aqui – testemunhas acionaram desesperadamente a Polícia Militar. Os PMs chegaram rapidamente e fizeram o possível: providenciaram o transporte de Wesley até o Hospital São João de Deus. Não, ele não foi levado de ambulância, mas sim na viatura policial mesmo – um detalhe que diz muito sobre a urgência do momento.
O depois do trauma
Segundo informações médicas, Wesley passou por cirurgia e agora se recupera na enfermaria do hospital. Seu estado é estável, graças a Deus, mas ninguém pode medir o trauma psicológico que ficará.
A Polícia Civil assumiu as investigações, mas cá entre nós: até agora, zero pistas sobre os autores ou motivação. Um crime aparentemente aleatório, sem qualquer lógica – esses são os que mais assustam, não são?
"A gente sai pra trabalhar e não sabe se volta", comentou um morador local que preferiu não se identificar. O medo agora é companheiro constante no Danilo Passos.
Enquanto isso, Wesley se recupera – seu corpo, pelo menos. A mente leva mais tempo para sarar depois de uma experiência dessas. E Divinópolis se pergunta: até quando?