
Numa reviravolta que parece saída de um roteiro de filme policial, um simples carro branco — desses que passam despercebidos no trânsito caótico da capital — virou o grande trunfo da investigação. Acredita? Pois é. As câmeras de segurança flagraram o veículo circulando próximo a pelo menos 17 casos de depredação de ônibus na Grande São Paulo.
Detalhes que fazem diferença
Não foi só a cor que chamou atenção. O modelo do carro (um popular hatch) e um adesivo meio descascado no parachoque traseiro — desses que a gente só nota quando para pra olhar com calma — deram o start nas buscas. A polícia, que já estava de olho nos ataques desde maio, cruzou os dados e... bingo!
"Parecia uma agulha no palheiro, mas esses pequenos detalhes fizeram toda a diferença", contou um delegado que preferiu não se identificar. Ele tem razão: às vezes são as coisinhas mais bobas que resolvem o quebra-cabeça.
Como tudo aconteceu
- Primeiro ataque: 12 de maio, linha 175 (zona leste) — vidros quebrados com pedras
- Padrão: sempre no final da tarde, em bairros periféricos
- Dica crucial: um passageiro filmou o carro branco fugindo após o 9º incidente
E não é que, quando a polícia foi checar as câmeras de um condomínio próximo ao 13º ataque, lá estava ele? O mesmo carro, o mesmo adesivo meio torto. "Dessa vez a gente não erra", disse um dos investigadores, segundo relatos.
Quem são os suspeitos?
Dois jovens, de 19 e 21 anos, foram detidos na terça-feira (22) — um no Jardim Ângela, outro em Taboão da Serra. Parece que agiam por "diversão" (sim, você leu certo) e não tinham ligação com facções, como se especulava no início.
Curiosidade: um deles trabalhava como entregador de app. Ironia ou não, usava justamente o carro branco — o mesmo das imagens — pra fazer as entregas durante o dia. À noite, virava "vândalo de ônibus".
Se condenados, podem pegar até 5 anos de cadeia por dano qualificado. Mas sabemos como essas coisas funcionam no Brasil, né? O jeito é torcer para que a justiça seja rápida dessa vez.