Não foi um dia qualquer para os passageiros do ônibus que circulava pela movimentada Zona Sul de São Paulo. De repente — sem aviso, sem motivo aparente — um pedaço de concreto do tamanho de um tijolo veio como um meteoro contra o para-brisa dianteiro. O estrondo ecoou como um trovão, deixando todos a bordo com o coração na boca.
A cena, capturada pelas câmeras de segurança do veículo, parece saída de um filme de ação. Mas era a pura e dura realidade das ruas paulistanas. O vídeo, que circula nas redes sociais, mostra o exato momento do impacto: 14h23 de uma quinta-feira aparentemente comum.
"Parecia uma explosão", relata passageiro
João, que preferiu não revelar o sobrenome (e quem o culparia?), estava sentado na quinta fileira quando tudo aconteceu. "Num piscar de olhos, o vidro dianteiro simplesmente estilhaçou. O motorista merece um prêmio por ter mantido a calma", conta, ainda visivelmente abalado.
O Departamento de Transportes Metropolitanos já emitiu nota classificando o episódio como "ato criminoso de gravidade inaceitável". Mas cá entre nós — isso é novidade pra alguém que vive na capital? A cada semana, novos relatos de pedras, ovos, até mesmo tijolos arremessados contra veículos públicos.
Os números assustam:
- +37% de ocorrências similares no primeiro semestre de 2025
- R$ 2,8 milhões gastos só este ano com reparos em frotas
- 1 a cada 5 motoristas já sofreu algum tipo de agressão
E enquanto as autoridades prometem "medidas enérgicas" (já ouvimos isso antes, não?), os trabalhadores que dependem do transporte coletivo seguem fazendo suas orações diárias. Porque no final do dia, como bem disse uma senhora de 62 anos que estava no ônibus: "A sorte é como um pneu furado — uma hora acaba."
