
A tarde desta sexta-feira (6) em Salvador começou com o sol escaldante típico de setembro, mas terminou em tragédia. Num daqueles acontecimentos que deixam a comunidade em estado de choque. Por volta das 15h30, o bairro de Pernambués, na capital baiana, foi palco de uma cena digna de filme de terror – só que real, cruelmente real.
Dentro de uma barbearia aparentemente comum, na Rua Professor Plínio Garcez de Oliveira, dois homens simplesmente invadiram o estabelecimento e efetuaram disparos. Alvo principal? Um adolescente de apenas 17 anos. Ele não resistiu aos ferimentos. A vida interrompida de forma brutal, sem chance de defesa.
O dono do lugar, um homem de 42 anos – que provavelmente esperava um dia comum de trabalho – também foi atingido. Os tiros pegaram ele no braço e no abdômen. Teve que ser levado às pressas para o Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo informações, passou por cirurgia e agora aguarda evolução do estado de saúde. Estável, mas assustado. Quem não ficaria?
O que se sabe até agora?
Pouco. Quase nada, na verdade. A Polícia Técnica esteve no local, recolheu as cápsulas dos projéteis. A Delegacia de Homicídios (DH) baixou o cerco e assumiu as investigações. Mas o mistério persiste: motivação? Inimizade antiga? Dívida? Ataque aleatório? Tudo são especulações por enquanto.
Testemunhas – aquelas que ainda têm coragem de falar – contam que os criminosos chegaram agindo normalmente. Entraram, atiraram e fugiram. Rápidos. Precisos. Impiedosos. Não roubaram nada. Só tiraram uma vida e machucaram outra. O que sugere, pra quem entende do assunto, que foi uma execução. Algo planejado.
E a comunidade?
Em estado de luto silencioso. O medo agora é companheiro diário de quem mora ou trabalha na região. Barbearias, salões, comércios locais – todos se perguntam: 'e se fosse aqui?'.
O adolescente morto ainda não teve o nome divulgado. Uma família enlutada chora em algum canto da cidade. O dono da barbearia luta pela recuperação no hospital. E Salvador soma mais um caso de violência urbana que parece não ter fim.
A pergunta que fica, ecoando nas ruas e nas conversas de bar: até quando?