Marcha da Maconha discute criminalização do funk e violência policial nas periferias
Marcha da Maconha debate criminalização do funk e violência

A Marcha da Maconha, realizada neste fim de semana em São Paulo, trouxe à tona discussões urgentes sobre a criminalização do funk e a violência policial nas periferias. O evento, que reuniu ativistas, artistas e moradores de comunidades, destacou como essas questões estão interligadas pelo racismo estrutural.

Debates e reivindicações

Durante o encontro, foram levantados pontos como:

  • A estigmatização do funk como "cultura marginal";
  • O uso excessivo da força policial em comunidades pobres;
  • A necessidade de políticas públicas que respeitem as expressões culturais das periferias.

Vozes das periferias

Moradores e artistas relataram casos de repressão policial durante bailes funk, muitas vezes justificada pela associação do ritmo ao tráfico de drogas. "O funk é a nossa voz, e tentam calá-lo da mesma forma que tentam calar nossas lutas", afirmou um participante.

Dados alarmantes

Estudos apresentados no evento mostraram que:

  1. Mais de 70% dos jovens mortos pela polícia são negros;
  2. Bailes funk são interrompidos com frequência pela polícia;
  3. Há uma correlação entre áreas de periferia e maior presença policial repressiva.

Os organizadores defenderam que a descriminalização do funk e da maconha são passos essenciais para reduzir a violência e o encarceramento em massa da população pobre e negra.