
O caso é daqueles que ficam gravados na memória de qualquer policial militar. Naquele dia comum, numa rua qualquer de Santos, a rotina foi quebrada por rajadas de fuzil que ecoaram como um pesadelo. E agora, finalmente, o suposto autor desse ataque covarde vai enfrentar a Justiça.
Imagina a cena: um PM, de costas, completamente desprevenido. Do nada, o barulho seco de tiros cortando o ar. Não foi um disparo qualquer - era um fuzil, arma de guerra, nas mãos de quem não hesitou em puxar o gatilho. A sorte - ou o destino - fez com que as balas não encontrassem seu alvo mortal.
O dia em que a violência mostrou sua face mais cruel
Os detalhes são de arrepiar. Tudo aconteceu em frente a uma padaria, daquelas onde as pessoas vão comprar pão fresco de manhã e ninguém espera por cenas de guerra urbana. O policial militar estava lá, fazendo seu trabalho, quando foi surpreendido pelas costas. Covardia pura, diriam muitos.
O que se seguiu foi um daqueles momentos de caos que parecem sair de filme policial - mas era a vida real, com gente de verdade correndo desesperada, com o som dos tiros ainda ecoando nos ouvidos.
Da cena do crime ao tribunal
O caminho até este julgamento não foi simples. Investigações, buscas, até que enfim o suspeito foi identificado e preso. Agora, ele encara a acusação de tentativa de homicídio qualificado - e olha que a qualificação não é pouca coisa: uso de arma de fogo de uso restrito das Forças Armadas (sim, um fuzil!), motivo fútil e meio cruel que dificultou a defesa da vítima.
Parece que o Tribunal do Júri da Comarca da Baixada Santista vai ter trabalho pela frente. São sete desembargadores que vão precisar destrinchar cada minuto dessa história, ouvir testemunhas, analisar provas. Decisão difícil, sem dúvida.
E sabe o que é mais intrigante? A defesa do acusado alega que ele agiu em "legítima defesa putativa". Basicamente, ele teria achado que estava se defendendo de uma agressão - mesmo que essa agressão não existisse de verdade. Difícil engolir essa versão, convenhamos.
Um caso que vai além do crime
Esse julgamento não é só sobre um homem e um policial. É sobre a segurança pública na Baixada Santista, sobre a rotina perigosa dos PMs, sobre o tipo de violência que temos visto por aí. Quando um fuzil aparece em cena, a coisa fica séria - muito séria.
Os policiais militares da região certamente estarão de olho no desfecho desse caso. Para muitos, é mais do que justiça - é uma questão de honra, de mostrar que ataques contra a corporação não ficarão impunes.
Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: o que leva alguém a apontar um fuzil para as costas de outra pessoa? Seja qual for a resposta, uma coisa é certa - a sociedade espera que a Justiça faça seu trabalho.