Era pra ser mais um dia normal nas ruas de Feira de Santana, mas tudo mudou num piscar de olhos. Jefferson Santos, 28 anos, não voltou pra casa depois de sair de moto naquela terça-feira. O que deveria ser uma simples abordagem terminou em tragédia — e agora a família dele está exigindo justiça, com unhas e dentes.
Segundo relatos dos parentes, Jefferson foi executado a sangue frio por policiais militares. "Ele não era bandido, era trabalhador", desabafa a irmã, com a voz embargada. Mas a versão da PM? Diz que houve troca de tiros depois que o motociclista teria reagido à abordagem. E aí, em quem acreditar?
Duas versões que não se conversam
O caso tá pegando fogo nas redes sociais e virou assunto no boteco. De um lado, a família mostra fotos do corpo com marcas de tiros pelas costas — o que, pra eles, prova que não houve confronto. Do outro, a polícia garante que agiu dentro do protocolo. "Tem que esperar o inquérito", diz um coronel, num tom que já parece ensaiado.
Moradores da região contam que ouviram pelo menos oito disparos. "Parecia rojão de São João", comenta um vendedor ambulante, ainda assustado. O que ninguém entende é: como um simples flagrante de trânsito terminou em morte?
O que dizem as testemunhas?
- Um comerciante jurou ter visto Jefferson com as mãos para cima
- Outra testemunha afirma que os PMs chegaram atirando sem aviso
- Vídeos de câmeras de segurança foram "apagados por acidente"
Enquanto isso, no IML, a família chora diante do corpo. A noiva de Jefferson, grávida de 5 meses, mal consegue falar. "Ele ia ser pai...", repete, entre soluços. A cena é de cortar o coração — daquelas que deixam até os mais durões com um nó na garganta.
Agora o Ministério Público promete investigar, mas todo mundo sabe como essas histórias costumam terminar. Vai ficar por isso mesmo? A população tá de olho. E a revolta, meu amigo, tá se espalhando feito rastilho de pólvora pelas ruas da cidade.
