
Não deu outra. Na madrugada desta sexta-feira (19), Araguari virou palco de um daqueles episódios que deixam até os mais durões de cabelo em pé. Cinco homens — nomes ainda não divulgados — morreram após um confronto com a Polícia Militar que começou como rotina e terminou em tragédia.
Segundo fontes da corporação, tudo começou por volta das 3h da manhã, quando uma equipe foi acionada para averiguar denúncias de movimentação suspeita num terreno baldio no bairro Jardim das Flores. "A gente chega lá pensando em viatura quebrada, sabe como é? Mas a parada escalou rápido", contou um PM que preferiu não se identificar.
O que rolou de verdade?
Eis que os policiais se aproximam do local e — pimba! — levam uns tiros de surpresa. "Foi trocação franca, meu. Durou uns 15 minutos que pareceram eternidade", relatou outro militar, ainda abalado. Do outro lado, cinco homens armados até os dentes. Revólveres, pistolas, até um fuzil apareceu no meio dessa bagunça toda.
- 3h15: Primeiros disparos são ouvidos por moradores
- 3h30: Reforços da PM chegam ao local
- 3h45: Corpos são encontrados após cessar-fogo
Quando a poeira baixou, o saldo foi trágico: cinco mortos no local. Nenhum policial ficou ferido — sorte? Treinamento? Ninguém sabe dizer ao certo. A perícia técnica já está no local tentando reconstruir essa história que, convenhamos, tem mais furos que queijo suíço.
E agora, José?
O delegado responsável pelo caso — que pediu pra não ser identificado porque "não quer virar meme" — garantiu que vai apurar tudo nos conformes. Mas já adiantou: "Tem cara de confronto mesmo, não foi execução". Os corpos foram encaminhados ao IML, e as famílias devem ser ouvidas ao longo do dia.
Enquanto isso, no bairro, o clima é de tensão. Dona Maria, que mora a duas quadras do local, disse que "já tava na hora de fazerem alguma coisa". "Mas morrer assim, meu Deus...", completou, cruzando-se. Outros vizinhos preferiram não comentar — medo? Cumplicidade? Quem pode dizer.
Uma coisa é certa: Araguari acordou com mais perguntas que respostas. E enquanto a polícia não explica direito o que aconteceu, os boatos correm soltos pelas ruas de terra e pelos grupos de WhatsApp. Até quando? Só o tempo — e talvez uma investigação decente — dirão.