Testemunhar uma cena de violência contra uma mulher pode ser uma experiência aterrorizante e gerar muitas dúvidas sobre como agir. Mais do que indignação, é preciso saber intervir de forma segura e eficaz para proteger a vítima.
O primeiro passo: avaliar o risco
Antes de qualquer ação, analise o cenário com calma. Sua segurança e a da vítima são prioritárias. Se a situação apresentar perigo iminente, não tente intervir fisicamente. Sua intervenção pode escalar a violência e colocar todos em risco maior.
Como agir com segurança
Existem estratégias eficazes para interromper a agressão sem confronto direto:
- Distração criativa: Bata na porta, pergunte as horas ou finja um pedido de informação
 - Chame ajuda: Peça que outras pessoas testemunhem a situação com você
 - Registre discretamente: Se possível, grave áudios ou vídeos como evidência
 - Crie uma interrupção: Toque a campainha repeatedly ou faça barulho
 
Acionando as autoridades
O 190 deve ser acionado imediatamente em casos de violência em curso. Ao ligar, forneça informações claras:
- Localização exata do ocorrido
 - Descrição das pessoas envolvidas
 - Natureza da agressão
 - Se há armas envolvidas
 - Se a vítima corre risco de vida
 
O papel da Lei Maria da Penha
A legislação brasileira é clara: qualquer pessoa pode denunciar casos de violência doméstica e familiar, não apenas a vítima. A lei prevê medidas protetivas urgentes que podem ser determinadas pelo juiz em até 48 horas.
Apoio pós-intervenção
Após a situação ser controlada, sua ajuda continua sendo valiosa:
- Ofereça companhia: A vítima pode precisar de apoio para ir à delegacia
 - Forneça informações: Compartilhe números de canais de ajuda como o 180
 - Respeite o tempo: Não pressione a vítima a tomar decisões
 - Mantenha sigilo: Preserve a privacidade da pessoa agredida
 
Canais de denúncia
Além do 190 para emergências, outros canais estão disponíveis:
- Disque 180: Central de Atendimento à Mulher
 - Disque 100: Direitos Humanos
 - Aplicativo Direitos Humanos Brasil: Denúncias por celular
 - Delegacias especializadas: DEAMs em todo o país
 
Não se omitir pode salvar uma vida. Sua ação consciente e segura faz toda a diferença no combate à violência contra as mulheres.