O que leva uma pessoa publicamente eleita a soltar uma bomba dessas? A cena foi surreal — uma vereadora no Amazonas, terra de lutas e resistências, simplesmente soltou que era "a favor da violência contra a mulher". Sim, você leu certo.
Parece piada de mau gosto, mas infelizmente é a pura realidade. E o pior: ela disse isso durante uma sessão ordinária na Câmara Municipal de Manaus, perante outros colegas parlamentares. Um verdadeiro tiro no pé, ou melhor, na própria credibilidade.
O momento da polêmica
Não foi num bate-papo informal, nem numa conversa privada. A declaração veio à tona durante discussões sobre — pasmem — projetos relacionados aos direitos das mulheres. A ironia chega a doer.
Testemunhas relataram que houve um silêncio constrangedor no plenário após a fala da parlamentar. Alguns colegas chegaram a intervir imediatamente, tentando fazer com que ela se retratasse no mesmo instante. Mas o estrago já estava feito.
O arrependimento tardio
Após a repercussão negativa imediata — porque como poderia ser diferente? — a vereadora correu para as redes sociais para tentar consertar o irreparável. Na sua defesa, alegou que suas palavras foram "extremamente infelizes".
Mas cá entre nós: existe alguma forma "feliz" de defender violência contra mulheres? Ela mesma admitiu que a declaração "não reflete seu pensamento". Convenhamos, é difícil acreditar nisso quando a fala foi tão categórica.
Reações da sociedade
As redes sociais explodiram, claro. E não era para menos. Organizações de defesa dos direitos das mulheres se manifestaram imediatamente, classificando o episódio como "lamentável" e "inaceitável".
Muitos cidadãos manauaras questionaram: como uma representante do povo pode ter esse tipo de pensamento em pleno 2025? A pergunta que fica é: será que isso é um caso isolado ou reflexo de algo mais profundo na nossa sociedade?
O que diz a lei
Vale lembrar que a Lei Maria da Penha completa 19 anos em 2025 — uma das legislações mais avançadas do mundo no combate à violência doméstica. E ver uma parlamentar, que deveria zelar pelo cumprimento das leis, soltando uma declaração dessas é no mínimo preocupante.
Juristas já avaliam que a fala pode configurar apologia ao crime, o que poderia levar a consequências mais sérias para a vereadora. O Ministério Público já deve estar de olho.
Reflexão necessária
Episódios como esse nos fazem pensar: até que ponto o discurso de ódio está infiltrado na nossa política? E o mais importante: quantas pessoas ainda pensam como a vereadora, mas não têm a coragem (ou o despudor) de dizer em público?
O caso serve de alerta para a importância de vigilância constante por parte da sociedade. Afinal, palavras têm poder — e quando vêm de autoridades, esse poder é multiplicado.
Resta saber se o pedido de desculpas será suficiente para apagar a mancha deixada por declaração tão infeliz. Ou se essa será apenas mais uma página vergonhosa na história política amazonense.
