Vereadora do AM que defendeu violência contra mulher já protagonizou confusão generalizada no plenário
Vereadora do AM já trocou socos no plenário

A política amazonense está dando o que falar — e não é por bons motivos, infelizmente. A vereadora Taissa Schmitz, do PL do Amazonas, voltou aos holofotes depois de um vídeo antigo vir à tona. Nele, a parlamentar defende, sem papas na língua, que maridos "disciplinem" suas esposas com "uns tapas". Sim, você leu certo.

Mas calma que a coisa é ainda mais surreal. Essa não é a primeira vez que Taissa se mete em encrenca envolvendo agressões. O plenário da Câmara Municipal de Manaus já foi palco de uma cena digna de reality show, quando ela e a colega Therezinha Ruiz (PL) literalmente partiram para as vias de fato. Em 2022, durante uma sessão que deveria ser sobre... bem, sobre o que quer que fosse, as duas se estranharam e a discussão escalou para troca de socos. Um verdadeiro circo.

O vídeo que escancarou a mentalidade retrógrada

O tal vídeo que ressurgiu como fantasma do passado é de 2021, mas poderia muito bem ser de cinquenta anos atrás. Nele, Taissa discursa em um evento — pasmem — do Dia da Mulher. "Tem mulher que só aprende com uns tapas", soltou ela, como se estivesse dando uma receita de bolo. A fala, obviamente, gerou revolta imediata nas redes sociais e entre movimentos de defesa dos direitos das mulheres.

O que me deixa perplexo é como alguém em pleno 2025 ainda acha normal defender esse tipo de barbárie. Parece que o tempo parou para algumas pessoas.

A briga que chocou o plenário

Voltando à confusão de 2022: testemunhas relatam que a discussão entre Taissa e Therezinha começou por motivos políticos — algo sobre indicações de cargos, segundo dizem — mas rapidamente descambou para o pessoal. E quando digo "pessoal", quero dizer bem pessoal mesmo. Os ânimos se exaltaram de tal forma que as duas se agarraram e trocaram socos, obrigando outros vereadores a intervirem antes que virasse uma luta livre.

Imagina o cenário: políticos supostamente adultos, eleitos para representar a população, se comportando como adolescentes em brigas de colégio. É de cair o queixo, não é?

Repercussão e tentativas de justificação

Diante da polêmica recente, a assessoria de Taissa tentou amenizar a situação. Disseram que a fala da vereadora foi "tirada de contexto" e que ela sempre defendeu a família. Sinceramente? Me soa mais como tentativa de tapar o sol com a peneira.

Enquanto isso, nas redes sociais, a opinião pública não poupou críticas. "Vergonha para o Amazonas", "Como pode uma mulher defender violência contra outras mulheres?" e "Isso é caso de cassação" são alguns dos comentários que pipocam por aí.

O Ministério Público do Amazonas já está de olho no caso e avalia medidas cabíveis. A verdade é que, independentemente do contexto, defender violência doméstica em pleno século XXI é inaceitável — especialmente vindo de alguém que deveria legislar para proteger os cidadãos.

E pensar que essa mesma pessoa que prega "uns tapas" como solução já mostrou na prática que recorre à força bruta quando as coisas não saem como quer. Coincidência? Talvez não.