
Era um domingo aparentemente tranquilo em Uruana de Minas quando a rotina da pequena cidade mineira foi interrompida por uma cena que ninguém esperava ver. Ali, no centro do município, um dos representantes do povo sendo algemado pela própria lei que deveria zelar.
O vereador Rafael Alves — nome que até então circulava apenas em sessões da câmara e promessas eleitorais — acabou detido por um motivo que, francamente, não deveria surpreender ninguém nos dias de hoje: descumpriu medida protetiva que protegia sua ex-companheira.
O que realmente aconteceu?
Segundo as informações que consegui apurar — e olha, não foi fácil — tudo começou com uma denúncia anônima. Alguém viu o político se aproximando da residência da mulher, algo expressamente proibido pela justiça. A Polícia Militar chegou rápido, mas o estrago já estava feito.
O que me deixa pensativo é: será que esses caras realmente acham que estão acima da lei? Parece que sim, né? O caso aconteceu por volta das 16h de domingo, horário em que muita gente estava saindo da missa ou aproveitando o final de semana em família.
As consequências imediatas
O vereador não apenas foi preso em flagrante — o que já é grave por si só — como também teve que responder a um pedido de revogação de sua liberdade. A promotoria entrou com tudo, alegando que ele representava "risco à ordem pública".
E não é que a justiça concordou? O juiz Marcelo Costa, responsável pelo caso, foi categórico ao manter o político atrás das grades. Na decisão, ele deixou claro que "autoridades públicas devem dar o exemplo, não descumprir determinações judiciais".
Ponto para a justiça, digo eu.
Um padrão preocupante
O que mais me assusta nesses casos — e infelizmente não é o primeiro que vejo — é a naturalidade com que algumas figuras públicas tratam medidas protetivas. Parece que acham que o cargo os torna imunes, como se um mandato fosse um salvo-conduto para tudo.
Mas a realidade é bem diferente. A lei existe para ser cumprida por todos, dos mais humildes aos mais poderosos. E quando um representante do povo a desrespeja, acaba mandando uma mensagem terrível para a sociedade.
Uruana de Minas, cidade pacata do interior mineiro, agora se vê no centro de um debate nacional. A população está dividida — uns defendem o vereador, outros pedem seu impeachment. O clima na cidade, segundo meus contatos, está tenso.
O que esperar agora?
O futuro político de Rafael Alves pende por um fio. Além do processo criminal, ele pode enfrentar consequências no âmbito administrativo. A câmara municipal já se pronunciou, dizendo que "apura os fatos", mas todo mundo sabe que é só questão de tempo até que a pressão aumente.
Enquanto isso, a ex-companheira segue sob proteção — espero que mais reforçada depois desse episódio. Cases como esse servem de alerta: violência doméstica é crime, não importa quem cometa.
O recado que fica? A justiça está de olho, e ninguém — repito, ninguém — está acima da lei. Mesmo que use paletó e gravata nas sessões da câmara.