
Não deixa marcas visíveis, não sangra, não quebra ossos. Mas corrói por dentro, devagar e sempre. A violência psicológica é essa sombra que se instala nas relações e vai minando a autoestima, a sanidade e a vontade de viver de milhões por aí. E o pior? Muita gente nem percebe que tá dentro dessa fria.
Pensando nisso, o Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (UNIFEB) resolveu botar o dedo na ferida. E que ferida... Eles organizaram um debate urgente, daqueles que cutucam a gente e fazem pensar. O assunto é espinhoso, mas não dá mais pra fugir.
O Que É, Afinal, Essa Tal Violência Que Não Dá Pra Ver?
Ah, a pergunta que não quer calar. A gente até imagina que seja xingar, humilhar... e é mesmo. Mas vai muito além. É aquele controle disfarçado de cuidado («cuidado onde você vai, hein?»), o ciúme doentio que te isola, a chantagem emocional que te faz de refém dos sentimentos do outro. É o gaslighting – termo chique pra quando alguém distorce a realidade e faz você duvidar da sua própria sanidade. Assustador, né?
E não, não é «coisa da sua cabeça». É real e dói pra caramba.
Os Números Que Ninguém Quer Ver (Mas Precisam Ser Vistos)
Os dados são assustadores e pintam um retrato cruel do Brasil. Sabe aquela sensação de que tá todo mundo um pouco cansado e triste? Pois é, pode ser mais que isso. Milhões de brasileiros travam uma batalha diária contra a humilhação, o menosprezo e a tortura mental dentro de suas próprias casas ou relacionamentos.
E aí a gente se pergunta: por que tão poucas vítimas buscam ajuda? Medo. Vergonha. Às vezes, nem sabem que aquilo é crime. A Lei Maria da Penha já reconhece a violência psicológica como uma forma de agressão, mas a conscientização ainda patina.
O Papel da Academia no Meio Dessa Confusão Toda
É aí que entra o UNIFEB. A instituição tá de parabéns por não ficar só na teoria dentro da sala de aula. Eles tão trazendo o tema pra mesa, chamando especialistas, alunos e a comunidade pra uma conversa franca. Porque falar é o primeiro passo pra quebrar o ciclo.
Eventos assim são um farol. Iluminam um problema que muita gente prefere esconder debaixo do tapete, como se não existisse. Mostram pra vítima que ela não está sozinha e pro agressor que o seu comportamento não será tolerado.
E Agora, José? Como Identificar e Pedir Ajuda?
Ficar esperto aos sinais é crucial. Se você se sente constantemente diminuído, controlado ou como se estivesse pisando em ovos perto de alguém, fica esperto. Isso não é normal.
Buscar informação é a arma mais poderosa. Conversar com um amigo de confiança, procurar um psicólogo ou ligar para o Disque 180 podem ser os primeiros passos para retomar as rédeas da própria vida. Ninguém merece viver com medo ou se sentir pequeno.
O debate no UNIFEB não vai resolver tudo de uma vez. Mas é um começo. Um sinal de que a sociedade, aos poucos, tá abrindo os olhos para uma das formas de violência mais cruéis e sorrateiras que existem. E que, no fim das contas, falar sobre isso é um ato de coragem e de esperança.