Era pra ser uma terça-feira comum em Piraju, interior de São Paulo. Mas o dia 27 de agosto de 2025 ficará marcado na memória dos moradores por uma cena de horror que se desenrolou no bairro Jardim das Flores. Por volta das 16h30, o silêncio da tarde foi quebrado por gritos desesperados.
Uma mulher de 41 anos – cujo nome não foi divulgado para preservar sua identidade – foi surpreendida pelo ex-companheiro em mais um capítulo de uma história que já deveria ter terminado. Ele, armado com uma faca, não pensou duas vezes antes de desferir múltiplas golpes contra a vítima. A fúria foi tanta que a lâmina atingiu regiões torácicas e abdominais, colocando a vida dela em risco imediato.
Testemunhas que presenciaram a cena ainda parecem estar em estado de choque. "Foi tudo muito rápido, mas parecia uma eternidade", contou um morador que preferiu não se identificar. "O pior é saber que isso acontece cada vez mais por aqui."
Fuga e Busca
Assim que cometeu o crime covarde, o agressor não perdeu tempo – fugiu do local antes mesmo que a polícia pudesse ser acionada. De acordo com informações da PM, ele tem 38 anos e já era conhecido pelas autoridades. Um histórico que, aparentemente, não foi suficiente para prevenir essa tragédia.
O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente ao local e fez os primeiros socorros. A vítima foi transportada em estado grave para o Hospital Regional de Ourinhos. Lá, passou por cirurgia e segue internada na UTI. Seu estado é considerado estável, mas crítico. Médicos acompanham sua evolução a cada hora.
O Que Diz a Polícia
A Polícia Militar registrou o caso como tentativa de feminicídio – crime que não para de crescer no Brasil. Um verdadeiro absurdo que precisamos enfrentar como sociedade. A delegacia responsável já iniciou as investigações para localizar e prender o suspeito. "Estamos seguindo todas as pistas possíveis", afirmou um investigador que preferiu não se identificar.
Enquanto isso, a população de Piraju permanece em alerta. O medo de que o agressor possa voltar a agir é palpável. Mulheres da região estão se mobilizando através de grupos de apoio, oferecendo suporte à família da vítima.
Cases como esse nos fazem refletir: até quando precisaremos conviver com essa realidade assustadora? A violência doméstica não escolhe classe social, idade ou região – e Piraju, infelizmente, acabou de entrar para essa triste estatística.
