Um homem foi preso na madrugada desta segunda-feira (23) no Distrito Federal, suspeito de cometer feminicídio. A vítima, uma mulher de 42 anos, foi encontrada morta dentro de sua própria residência, localizada na região administrativa do Paranoá. O caso ganhou contornos ainda mais graves pelo fato de a mulher possuir uma medida protetiva de urgência em vigor contra o próprio suspeito, que era seu ex-companheiro.
Detalhes do crime e prisão do suspeito
De acordo com informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o crime ocorreu na noite de domingo (22). O corpo da vítima foi descoberto por familiares, que acionaram imediatamente os agentes da 18ª Delegacia de Polícia (Paranoá/Itapoã). As investigações iniciais apontam que o suspeito, um homem de 45 anos, teria invadido a casa da ex-companheira e cometido o assassinato.
A prisão do acusado foi realizada por policiais da 13ª Delegacia de Polícia (Guará) por volta das 3h da manhã de segunda-feira. Ele foi localizado e detido em flagrante. Durante as buscas, os policiais também apreenderam uma arma branca, possivelmente utilizada no crime, que foi encaminhada para perícia. O suspeito foi autuado pelos crimes de feminicídio e descumprimento de medida protetiva.
Histórico de violência e medida protetiva
Um dos elementos centrais deste caso é a existência de uma medida protetiva de urgência, concedida pela Justiça a favor da vítima. Esse instrumento legal, previsto na Lei Maria da Penha, tinha como objetivo protegê-la de novas agressões por parte do ex-companheiro. O descumprimento dessa ordem judicial configura crime e agrava a situação do acusado.
As investigações buscam agora reconstituir a relação entre vítima e agressor, além de apurar se havia registros anteriores de ameaças ou violência. A polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido premeditado, considerando a invasão do domicílio e o histórico já conhecido pelas autoridades.
Repercussão e próximos passos
O corpo da vítima foi removido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames necroscópicos, que vão detalhar a causa exata da morte. Enquanto isso, o suspeito permanece à disposição da Justiça. A expectativa é que ele seja apresentado em audiência de custódia nas próximas horas.
Este triste episódio reacende o alerta sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil, destacando a importância das medidas protetivas, mas também os desafios para sua efetiva garantia de segurança. A Polícia Civil do DF reforçou o compromisso de investigar rigorosamente o caso e de combater crimes desta natureza.
A delegacia responsável continua colhendo depoimentos e reunindo provas para consolidar a acusação. O caso será registrado como feminicídio, crime definido como o assassinato de uma mulher em contexto de violência doméstica ou por razões de gênero, cuja pena é mais severa que a do homicídio simples.
