
O que deveria ser uma simples discussão por telefone transformou-se em pesadelo na manhã desta terça-feira em Campo Grande. Um policial militar da reserva, cujo nome ainda não foi divulgado, cruzou completamente a linha da sanidade ao tentar executar a própria ex-mulher a tiros.
A situação, que beira o inacreditável, começou com uma daquelas brigas de casal que todo mundo já teve — só que esta não terminou com um 'vamos conversar depois'. Terminou com estampidos de arma de fogo ecoando pela rua.
Do telefone para a rua: a escalada do horror
Segundo testemunhas — e aqui você já imagina o nível de desespero — a discussão começou por causa de um celular. Sim, um aparelho desses que todo mundo carrega no bolso foi o estopim para uma cena digna de filme de terror.
O ex-casal discutia animadamente pelo telefone quando, de repente, o PM decidiu que palavras não eram suficientes. Pegou sua arma e foi até o local onde a ex-mulher estava. Chegou atirando, literalmente.
Pensa na cena: um homem fardado — ou que já usou farda — disparando contra uma mulher indefesa em plena luz do dia. É de gelar o sangue, não é?
Milagre ou sorte? A vítima sobrevive
Por um daqueles milagres que a gente nunca sabe explicar, a mulher conseguiu escapar com vida. Não foi por falta de empenho do agressor, que efetuou múltiplos disparos na direção dela.
Imagina o nível de fúria necessário para alguém — principalmente um policial treinado — perder completamente o controle dessa maneira. É assustador pensar que pessoas com treinamento em armas podem um dia usar esse conhecimento para o mal.
A vítima, em estado de choque mas consciente, foi levada para receber atendimento médico. O trauma, esse vai ficar por muito, muito tempo.
O agressor: da lei ao crime
Eis a ironia mais cruel: quem deveria proteger a população transformou-se em ameaça. O PM da reserva — alguém que jurou defender a lei — agora é procurado por tentativa de homicídio.
As autoridades já iniciaram a caça ao homem, que fugiu do local após o ataque. A Polícia Militar, como era de se esperar, não está nada feliz com a situação. Um porta-voz afirmou que o caso será tratado com 'rigor absoluto'.
Resta saber: quantos casos como este acontecem sem que cheguem ao conhecimento público? Quantas mulheres vivem situações similares com ex-companheiros violentos?
Violência doméstica: o inimigo dentro de casa
Este caso escancara uma realidade que muitas preferem ignorar: a violência doméstica não escolhe profissão, nem posição social. Pode estar ao lado, no prédio da frente, ou — como aqui — vestir uma farda.
O celular foi apenas a desculpa. O verdadeiro motivo? Ciúmes, possessividade, incapacidade de aceitar o fim do relacionamento — aquela mistura explosiva que tantas vezes termina em tragédia.
Enquanto isso, em Campo Grande, uma mulher se pergunta como sobreviveu. E uma cidade se pergunta como coisas assim ainda acontecem.