
O Distrito Federal vive mais um capítulo tenso de violência contra mulheres. Um líder religioso, investigado por estupro, decidiu cuspir na lei e sumir do mapa. A vítima, que já estava sob proteção judicial, agora enfrenta o pesadelo de saber que seu agressor está solto — e pior: desafiando abertamente as autoridades.
Segundo fontes próximas ao caso, o sujeito — que se apresenta como "pai de santo" — já tinha histórico de manipulação dentro da comunidade. Mas dessa vez, o jogo virou. A denúncia de estupro veio à tona após a vítima, uma mulher de 32 anos, reunir coragem para ir à delegacia. "Ela estava destruída", contou um vizinho que preferiu não se identificar.
Medida protetiva? Nem aí
Aqui vai o que mais revolta: mesmo com ordem judicial restritiva, o cara simplesmente ignorou. "É como se ele estivesse dizendo 'não tô nem aí pra essa justiça'", desabafou uma assistente social que acompanha o caso. E olha que a medida não era qualquer coisinha — proibia aproximação, contato e até frequentar os mesmos lugares que a vítima.
Detalhe macabro: segundo investigações, ele usava sua posição religiosa para ganhar confiança. "É o modus operandi clássico de predadores", explica a delegada responsável, que já viu casos parecidos. A comunidade local está dividida — alguns ainda defendem o acusado, outros ficaram chocados com as revelações.
Corre-corre policial
A Polícia Civil já está com mandado de prisão em mãos, mas o cara parece ter virado fumaça. "Ele sabe se esconder", admite um investigador. Os últimos registros mostram que ele estaria circulando por regiões periféricas do DF, possivelmente protegido por seguidores.
Enquanto isso, a vítima recebe apoio psicológico, mas vive sob constante medo. "Ela mudou de casa três vezes nesse período", revela uma amiga. O caso reacendeu o debate sobre a eficácia das medidas protetivas — que, vamos combinar, às vezes parecem mais um papel molhado do que proteção real.
Para completar o cenário desolador, especialistas apontam que casos assim alimentam a subnotificação. "Quantas não desistem de denunciar com medo exatamente disso?", questiona uma ativista de direitos humanos. O recado que fica? Enquanto esse sujeito estiver solto, a justiça continua falhando — e a sociedade também.