Mãe asfixia bebê de 2 meses em vingança contra pai que ameaçou: 'Podem morrer as duas', diz MP
Mãe mata bebê em vingança contra pai em Roraima

Um crime brutal chocou Roraima nesta semana, revelando uma história de vingança conjugal que terminou em tragédia. Uma mãe de 20 anos é acusada de asfixiar a própria filha de apenas 2 meses como forma de retaliação contra o pai da criança.

O crime que comoveu Roraima

De acordo com as investigações do Ministério Público de Roraima, o homicídio ocorreu no dia 10 de setembro, mas só veio à tona agora com a denúncia formal contra o casal. A mãe, identificada como Késia Kelly Alves da Silva, teria cometido o crime após uma discussão com o companheiro, Wanderson dos Santos Lima, de 25 anos.

A motivação: vingança por ameaça

O elemento mais chocante do caso é a motivação apontada pelo MP. Durante uma discussão conjugal, Wanderson teria dito que "podiam morrer as duas" - referindo-se à mãe e à bebê. Tomada por um sentimento de vingança, Késia teria decidido "mostrar para ele o que era perder uma filha".

Como tudo aconteceu

As investigações revelam que:

  • A discussão ocorreu na residência do casal em Boa Vista
  • Após a ameaça do companheiro, Késia teria esperado ele sair de casa
  • Sozinha com a bebê, ela praticou a asfixia
  • O crime foi cometido por sufocamento com as mãos

Dupla acusação

O Ministério Público não poupou nenhum dos envolvidos. Wanderson também foi denunciado por homicídio qualificado, com base na teoria da omissão voluntária. As investigações apontam que ele sabia do risco que a filha corria, mas não tomou nenhuma atitude para protegê-la.

Repercussão jurídica

O caso está sendo tratado como homicídio qualificado por dois agravantes:

  1. Motivo fútil (vingança)
  2. Vulnerabilidade da vítima (criança de colo)

Além disso, o MP argumenta que se caracteriza feminicídio indireto, já que a morte da criança ocorreu em um contexto de violência doméstica e familiar.

Prisão preventiva decretada

Ambos os acusados estão presos preventivamente. A defesa de Késia alega que ela sofre de problemas psicológicos, enquanto Wanderson nega qualquer responsabilidade pela morte da filha.

O caso segue sob sigilo judicial, mas já mobiliza órgãos de proteção à criança e debates sobre a necessidade de melhorar a rede de apoio a famílias em situação de vulnerabilidade social em Roraima.