Caso de maus-tratos infantis choca Brasil: como identificar sinais de violência contra crianças
Maus-tratos infantis: como identificar sinais de violência

O coração aperta quando a gente ouve histórias assim. Na última semana, um caso de maus-tratos contra uma criança em Brasília deixou todo mundo de cabelo em pé — e não é pra menos. A vítima, uma menina de apenas 5 anos, apresentava marcas de agressão por todo o corpo quando foi resgatada.

"É de cortar o coração", desabafa uma vizinha que preferiu não se identificar. "A gente até desconfiava de alguma coisa, mas nunca imaginou que fosse tão grave."

Os sinais que passam despercebidos

Segundo a psicóloga infantil Dra. Ana Lúcia Mendes, muitos casos de violência contra crianças poderiam ser evitados se as pessoas ao redor estivessem mais atentas. "Não é só bater que conta", explica. "Mudanças bruscas de comportamento, medo excessivo de adultos, dificuldade de socializar — tudo isso pode ser um grito de ajuda silencioso."

  • Marcas físicas inexplicáveis (aqueles "esbarrões na porta" que se repetem demais)
  • Roupa inadequada para esconder o corpo mesmo em dias quentes
  • Regressão no desenvolvimento (voltar a fazer xixi na cama, por exemplo)

E olha só que triste: muitas vezes, a criança nem sabe que está sofrendo violência. "Ela acha que aquilo é normal, que merece", comenta a especialista, com a voz embargada.

O que fazer quando desconfiar?

Primeiro: não finja que não viu. "Essa omissão social é tão perigosa quanto o agressor", dispara o conselheiro tutelar Marcos Antônio. O caminho?

  1. Registre o fato no Conselho Tutelar da sua região
  2. Disque 100 — o Disque Direitos Humanos funciona 24h
  3. Se a criança estiver em perigo imediato, acione a polícia (190)

Ah, e esqueça aquela história de "não quero me meter". Como diz o ditado: é melhor pecar por excesso do que por omissão. Até porque — e isso é importante — você pode denunciar anonimamente.

O caso de Brasília, que está sob investigação, serviu como um alerta. A menina já está sob proteção, mas quantas outras ainda sofrem caladas? Fica o questionamento — e o chamado para que todos nós fiquemos de olhos bem abertos.