
Imagine a cena: uma mulher, com marcas de agressão visíveis no rosto, chega à delegacia para registrar um boletim de ocorrência contra o próprio marido. Enquanto isso, do lado de fora, o sujeito em questão — longe de demonstrar arrependimento — decide "protestar" de uma maneira que deixaria qualquer roteirista de filme B de ação com inveja.
Foi assim que, na última terça-feira (22), um homem (cujo nome a polícia prefere não divulgar ainda) resolveu "expressar sua insatisfação" com a denúncia da esposa: tacando fogo na viatura da Polícia Militar estacionada em frente ao quartel, em Minas Gerais.
O que diabos aconteceu?
Segundo testemunhas, o clima já estava pesado desde que o casal chegou ao local. A mulher, visivelmente abalada, teria dito aos policiais que sofria agressões constantes do marido — coisa que, infelizmente, muita gente ainda acha "normal" em briga de casal (spoiler: não é).
Enquanto ela preenchia a papelada, o sujeito:
- Saiu do prédio como se fosse pegar um ar
- Se aproximou da viatura como quem não quer nada
- E — pasmem — jogou gasolina e ateou fogo no veículo
Não, você não leu errado. O cara literalmente preferiu cometer um crime grave a enfrentar as consequências de bater na própria esposa.
E aí, deu ruim?
Obviamente! Os PMs que estavam no local agiram rápido:
- Conteram as chamas antes que o fogo se alastrasse
- Prenderam o piromaníaco de plantão em flagrante
- Garantiram que a mulher fosse encaminhada para atendimento médico e psicológico
Pra completar o serviço, o "artista" ainda tentou fugir — como se isso fosse dar certo — mas foi interceptado a poucos metros dali. Agora, além das acusações de violência doméstica, ele responde por dano qualificado ao patrimônio público e tentativa de destruição de prova (já que a viatura continha equipamentos importantes para investigações).
Detalhe macabro: segundo fontes da delegacia, o homem não demonstrou um pingo de remorso durante a prisão. Pelo contrário — xingou os policiais e ameaçou a esposa novamente, agora com testemunhas oficiais.
E a vítima?
A mulher, que pediu para não ser identificada, recebeu medidas protetivas imediatas. Ela contou aos investigadores que o marido já tinha histórico de comportamento violento, mas que "nunca tinha ido tão longe".
Psicólogos que acompanham o caso alertam: situações como essa costumam escalar rápido. Quando o agressor percebe que a vítima está buscando ajuda, a tendência é que as ameaças — e os riscos — aumentem exponencialmente.
"Isso aqui não é só um caso de violência doméstica", comentou um delegado que preferiu não se identificar. "É um retrato do machismo estrutural que ainda trata a mulher como propriedade. O cara preferiu botar fogo em viatura a encarar que não pode mais bater impunemente."