Imagine o silêncio da noite sendo quebrado por gritos. Não eram gritos de brincadeira, mas de dor. Foi mais ou menos assim que a vizinhança descobriu o pesadelo que uma criança de apenas 5 anos vivia dentro de casa, em Osvaldo Cruz.
A Polícia Militar, alertada por uma denúncia anônima — daquelas que a gente faz com o coração na mão —, compareceu ao endereço na noite de domingo (7). E o que encontraram não era cena de filme. Era a vida real, dura e crua. A mãe da criança, uma mulher de 27 anos, foi identificada como suspeita de cometer as agressões. O menino, coitado, apresentava hematomas pelo corpo todo. Marcas que não some com beijinho.
Segundo os policiais, a mulher não negou a autoria. Confessou, na verdade, que havia batido no filho com uma... vara de marmelo. Sim, você leu certo. Um objeto que deveria ser usado para colher frutas, não para espancar uma criança indefesa.
O que se passa na cabeça de alguém para cometer um ato desses? É a pergunta que fica ecoando, sem resposta. O pequeno foi levado para o Hospital Municipal para receber os devidos cuidados. Felizmente, o quadro dele é estável. Mas e o psicológico? Como fica?
Agora, a mãe responde pelo crime de lesão corporal. Foi levada para a cadeia pública, e a Justiça já deve estar se movimentando. Enquanto isso, a criança ficou sob os cuidados do conselho tutelar. Um final... bem, nem final é. É mais um recomeço difícil para um menino que mal começou a viver.
Casos como esse são um soco no estômago da sociedade. Lembram que a violência, muitas vezes, mora ao lado. Às vezes, dentro de casa. E que a denúncia — anônima, discreta — pode ser o único grito de socorro que uma criança consegue dar.
