
O silêncio pesou na delegacia. Diante das perguntas dos investigadores, a mulher — madrasta de um menino de apenas 8 anos — optou por não dar nenhuma explicação sobre as marcas e hematomas encontrados no corpo da criança. O caso, que está sendo tratado como "gravíssimo" pelas autoridades, aconteceu no Distrito Federal e já virou assunto nos corredores da Justiça.
Segundo fontes próximas ao caso, o garoto foi levado ao hospital com lesões que "não combinavam com a história contada pela família". Médicos, acostumados a identificar padrões de violência, acionaram imediatamente a polícia. Detalhe macabro: algumas das feridas pareciam ter dias de evolução.
O que se sabe até agora?
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) é peça-chave. Enquanto isso, vizinhos relatam ter ouvido gritos e choros frequentes vindo da residência — mas ninguém imaginava a dimensão do problema. "A gente até desconfiava, mas... sabe como é, não queremos nos meter", confessou uma moradora da região, sob condição de anonimato.
A polícia trabalha com três hipóteses:
- Violência física sistemática
- Negligência grave
- Possível combinação de ambos os fatores
Curiosamente, o pai da criança — que também foi ouvido — não apresentou versão consistente sobre os ferimentos. "Ele mudou o relato três vezes em meia hora", revelou um delegado envolvido nas investigações.
E agora?
Com o silêncio da principal suspeita, tudo depende do IML. Se confirmados os indícios de tortura, o caso pode mudar de patamar — e a madrasta responderá por crimes hediondos. Enquanto isso, o menino está sob proteção do Conselho Tutelar.
Uma pergunta fica no ar: até que ponto a sociedade — nós — falhamos em proteger essa criança? Afinal, os sinais estavam lá... mas ninguém agiu a tempo.