O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso contundente sobre a necessidade de combater a violência contra as mulheres durante evento realizado no Ceará, nesta quarta-feira, 3 de dezembro de 2025. O mandatário reforçou a defesa que vem fazendo nos últimos dias e fez uma declaração direta aos potenciais agressores.
Um recado direto aos agressores
Em suas palavras, o presidente foi enfático ao se dirigir aos homens. Lula afirmou que tem coragem de dizer, na época das eleições, que o "vagabundo que bate na mulher não precisa votar no Lula para presidente da República". Ele justificou que, em sua visão, esse tipo de voto não tem valor. A foca foi no combate ao feminicídio e a todas as formas de agressão dirigidas às brasileiras.
Compromisso de liderar movimento dos "homens que prestam"
Além da mensagem direta, o chefe do Executivo assumiu um compromisso público. Ele declarou sua intenção de liderar um movimento formado pelos homens que são considerados dignos no país. O objetivo central é unir forças para defender as mulheres brasileiras de maneira efetiva.
Lula deixou claro que a luta contra o feminicídio e a violência de gênero não pode ser uma responsabilidade exclusiva das mulheres. Ele reconheceu que os homens são "a parte violenta da sociedade" e, portanto, devem ser parte fundamental da solução. Nesse contexto, o presidente se autodeclarou um "soldado" nessa batalha em defesa da vida e da integridade das mulheres.
Contexto e fala anterior
O discurso no Ceará não foi um fato isolado. Na terça-feira, 2 de dezembro, durante evento em Pernambuco, o presidente já havia abordado o mesmo tema urgente. Na ocasião, ele citou uma cobrança específica feita pela primeira-dama, Janja da Silva, evidenciando que o assunto é tratado com prioridade no núcleo familiar e político do Planalto.
A sequência de falas em dois estados diferentes em dias consecutivos demonstra uma tentativa de colocar o combate à violência contra a mulher no centro do debate público. A postura adotada por Lula busca mobilizar a sociedade, especialmente os homens, para uma mudança de comportamento e para uma atitude mais ativa na proteção dos direitos femininos.