
Dois meses. Sessenta dias de um vazio que consome cada minuto. É assim que a irmã de uma mulher desaparecida em Santa Catarina descreve a tortura de não saber onde está a pessoa amada. "Acaba com meus dias", confessou, em um desabafo que corta o coração.
Não é só a ausência que dói — é o silêncio das autoridades, a falta de respostas, a sensação de estar sozinha nessa luta. "Parece que o mundo seguiu em frente, mas pra gente o tempo parou", disse ela, com a voz embargada.
Um desaparecimento que virou mistério
Tudo começou como um dia comum. Até que, de repente, ela simplesmente sumiu. Nenhum bilhete, nenhuma mensagem, nenhum sinal. Como alguém pode evaporar assim, no século 21, com tantas formas de ser encontrado?
As buscas começaram imediatamente, é claro. A polícia revirou o que pôde, seguiu pistas frias, fez o protocolo. Mas a verdade? Nada. Nem um fio de cabelo, nem uma testemunha, nem um registro de câmera que explicasse o inexplicável.
A família no limite
Você já imaginou acordar todos os dias sem saber se seu ente querido está vivo? É como viver num filme de terror que nunca acaba. A irmã — que pediu para não ser identificada — conta que até os sonhos viraram pesadelos. "Às vezes eu acordo achando que ela voltou, mas é só mais um dia sem ela".
E não pense que é só tristeza. Há raiva também — da impotência, da burocracia, da sensação de que casos assim viram estatística rápido demais. "Cadê a comoção? Cadê as campanhas de busca?", questiona, com a frustração de quem bate em portas fechadas.
O que dizem as autoridades?
A polícia garante que o caso "permanece em investigação" (essa velha frase que todos conhecemos). Prometeram novas diligências, mas a família já ouviu isso antes. Será que desta vez vai ser diferente?
Enquanto isso, os voluntários não desistem. Cartazes colados em postes, compartilhamentos nas redes sociais, buscas em áreas remotas. Tudo na esperança — frágil, mas persistente — de um milagre.
Uma história que deveria ter tido final feliz já no primeiro capítulo, mas que se arrasta como um drama sem sentido. E no centro disso tudo, uma família que só quer uma resposta: onde ela está?