
A coisa toda começou de forma tão comum que até assusta. Um relacionamento que acabou, como tantos outros. Mas o que veio depois foi tudo menos normal – e serviu como mais um daqueles alertas sombrios sobre violência doméstica.
Na pacata Barra do Piraí, no Sul Fluminense, a Polícia Militar prendeu um homem de 37 anos nesta terça-feira (17). O motivo? Perseguir a ex-companheira de forma insistente e praticar violência contra ela. Detalhe: tudo isso descumprindo medida protetiva que já estava em vigor. Ou seja, ele sabia muito bem que estava fazendo algo errado.
A história, contada pelos policiais, é daquelas que dão frio na espinha. Tudo aconteceu no bairro São José, por volta das 14h. A vítima – que já devia estar vivendo com medo – precisou ligar para o 190 desesperada. Disse que o ex-companheiro estava na porta da casa dela, claramente a fim de arranjar confusão.
Quando os PMs chegaram, o tal homem ainda estava por lá. Não deu nem tempo de ele reagir. Os agentes conseguiram abordá-lo e, na hora, confirmaram que havia mesmo uma medida protetiva contra ele. Aquela papelada judicial que, infelizmente, muitas vezes acaba sendo só um pedaço de papel quando o agressor decide ignorar.
E não parou por aí. Durante a abordagem, a mulher contou que ele não apenas apareceu onde não devia, mas também já vinha a perturbando com mensagens e ameaças. Um verdadeiro inferno particular que ela era obrigada a viver.
O cara foi detido na hora e levado para a delegacia. Lá, a polícia registrou o caso como descumprimento de medida protetiva, perseguição e violência doméstica. Agora, ele responde por esses crimes – e fica a dúvida: será que dessa vez a justiça vai conseguir frear esse comportamento assustador?
Casos como esse, sabe, são mais comuns do que a gente imagina. E não acontecem só longe da gente: é no bairro do lado, na rua de trás, às vezes até no mesmo prédio. A sensação de insegurança que fica é geral, principalmente entre mulheres que já viveram situações parecidas.
E pensar que tudo poderia ter sido evitado se ele simplesmente respeitasse o fim do relacionamento e a decisão da Justiça. Mas não – preferiu o caminho da ameaça, do assédio, do crime.
Que fique o alerta: violência doméstica não é "briga de casal". É crime. E, como mostrou Barra do Piraí, pode terminar com alguém atrás das grades.