
Uma tarde que começou como qualquer outra terminou em pesadelo numa rua de Xinguara, no sul do Pará. O que deveria ser segurança do lar transformou-se em cenário de terror — e tudo aconteceu diante dos olhos assustados de crianças.
Testemunhas ainda parecem não acreditar no que viram. Por volta das 16h de segunda-feira (02), um homem, num acesso de fúria inexplicável, começou a espancar a própria companheira. Não foi discussão, foi surra mesmo. E o pior: com a plateia mais cruel possível — os filhos do casal.
As cenas são de cortar o coração. Num vídeo que circula nas redes sociais (e que é difícil assistir até o fim), dá pra ver o agressor puxando a mulher pelos cabelos com força bruta, arrastando-a como se fosse um objeto. Ela grita, tenta se soltar, mas a força desmedida do homem parece anular qualquer reação.
O desespero das crianças
E no meio disso tudo — me custa até escrever — as crianças. Chorando, desesperadas, implorando para que o pai parasse. Uma voz infantil, entre cortada por soluços, repete: "Para, pai, para!". É daquelas coisas que ficam na mente da gente, sabe? Como alguém pode fazer isso na frente dos próprios filhos?
Moradores da região, ainda em choque, contam que a polícia foi acionada rapidamente. Dois homens que passavam pelo local tentaram intervir — heróis anônimos que pelo menos impediram que a situação piorasse. Quando a PM chegou, o agressor já havia fugido, deixando para trás a família destruída e uma vizinhança em estado de choque.
Busca pelo suspeito
Até agora, o paradeiro do homem é desconhecido. A Polícia Militar já iniciou as diligências para localizá-lo, mas ele continua foragido. A mulher agredida, cuja identidade não foi revelada, recebeu atendimento médico e — Deus seja louvado — não corre risco de morte.
Mas alguns danos não são físicos, né? O trauma que aquelas crianças carregarão... Como esquecer o próprio pai agredindo a mãe daquele jeito? É de lascar o coração.
O caso já está sendo investigado como violência doméstica e familiar. A Delegacia de Atendimento à Mulher de Marabá, que cobre a região de Xinguara, deve assumir as investigações. Espera-se que a Justiça seja rápida — porque casos assim não podem ficar impunes.
Enquanto isso, a comunidade se pergunta: quantas outras mulheres vivem situações assim às escondidas? E o que nós, como sociedade, estamos fazendo para mudar essa realidade?