Estudante trans dormiu com acusado de seu assassinato um dia antes do crime, revela MP
Estudante trans dormiu com acusado do crime antes de morrer

Um crime que chocou São José do Rio Preto ganhou novos e perturbadores detalhes nesta quarta-feira (23). O Ministério Público revelou que a estudante transgênero de 18 anos, vítima de um assassinato brutal, havia passado a noite com seu namorado apenas um dia antes de ser morta a facadas.

Noite anterior ao crime

De acordo com as investigações, o casal manteve um relacionamento recente, mas intenso. Testemunhas confirmaram que na madrugada que antecedeu o crime, a vítima e o suspeito, identificado como Ryan William de Oliveira Silva, de 19 anos, estavam juntos em uma residência.

"As investigações apontam para a cruel ironia do destino: a última noite da vítima foi ao lado de quem seria seu algoz", destacou um dos promotores envolvidos no caso.

O dia do assassinato

Na tarde seguinte, por volta das 16h30, o corpo da jovem foi encontrado sem vida dentro de um carro estacionado em um condomínio de luxo na Rua das Gardênias, no bairro Residencial São José. Ela apresentava múltiplos golpes de faca pelo corpo.

As câmeras de segurança do local foram cruciais para a investigação. As imagens mostram Ryan chegando ao condomínio dirigindo o próprio carro, acompanhado da vítima. Horas depois, ele é visto saindo sozinho do veículo onde o corpo seria encontrado.

Móveis do crime

  • Local do crime: Interior de veículo estacionado em condomínio residencial
  • Arma: Faca utilizada para os golpes
  • Motivação: Investigadores trabalham com hipótese de crime passional

Repercussão e justiça

O caso gerou comoção na comunidade LGBTQIA+ da região e reacendeu o debate sobre violência contra pessoas trans. A estudante, que não teve a identidade divulgada para preservar sua dignidade, era conhecida por seu carisma e sonhos interrompidos brutalmente.

Ryan William foi preso em flagrante e responde ao processo na 2ª Vara do Tribunal do Júri de São José do Rio Preto. O Ministério Público já apresentou a denúncia e aguarda o andamento processual.

O caso serve como triste alerta para a violência doméstica e a vulnerabilidade da população trans no Brasil, que segue liderando estatísticas mundiais de assassinatos contra essa comunidade.