
Imagine um lugar onde o cheiro de negligência pesa no ar. Foi assim que autoridades encontraram duas crianças, em Araçariguama, vivendo no meio de sujeira acumulada e fezes espalhadas pela casa. Um cenário de filme de terror, mas infelizmente real.
Segundo relatos, o Conselho Tutelar agiu rápido após uma ligação anônima — dessas que deixam o estômago embrulhado. Ao chegar no local, a equipe se deparou com condições que desafiam qualquer noção de dignidade humana. "Parecia que ninguém cuidava daquele lugar há meses", comentou um dos agentes, ainda visivelmente abalado.
O que aconteceu exatamente?
Detalhes são revoltantes:
- Restos de comida apodrecendo em cantos da casa
- Fraldas sujas empilhadas como se fossem decoração macabra
- Crianças com marcas visíveis de descaso
Não bastasse o cenário de horror, os pequenos — uma menina de 5 anos e um menino de 3 — apresentavam sinais claros de abandono. Desnutrição, assaduras graves e, pasmem, medo de adultos. Sim, medo de quem deveria protegê-los.
E os responsáveis?
Aqui a coisa fica ainda mais complicada. Os pais (se é que podemos chamar assim) alegaram "dificuldades financeiras". Mas vamos combinar? Falta de dinheiro não justifica falta de higiene básica, muito menos o tratamento dado às crianças.
O caso agora está nas mãos da Justiça — que promete ser implacável. Enquanto isso, os pequenos recebem cuidados médicos e, finalmente, um pouco de dignidade. Uma vizinha, que preferiu não se identificar, resumiu tudo: "Todo mundo sabia, mas ninguém fez nada até agora".
E aí? Até onde vai nossa tolerância com o intolerável? Situações como essa deveriam ser impensáveis em pleno século XXI, mas ainda acontecem nos cantos mais sombrios das nossas cidades.