Florianópolis ainda está se recuperando do choque. Um daqueles casos que fazem você perder a fé na humanidade — até que a justiça finalmente age. E desta vez, foi a tecnologia que deu o empurrão decisivo.
Câmeras de segurança. Aqueles olhos eletrônicos que muita gente acha invasivos... Pois bem, foram elas que capturaram cenas decisivas. Imagens que não deixavam margem para dúvidas sobre o horror que uma jovem vinha sofrendo dentro da própria família.
O pesadelo que durou anos
Não foi um dia, nem uma semana. Foram anos de abuso, cometidos por alguém que deveria proteger. O tio — sim, o próprio tio — aproveitava a confiança da família para violentar a sobrinha, ainda menor de idade.
"A gente nunca desconfia", diz uma vizinha, preferindo não se identificar. "Ele sempre parecia tão normal, participava de churrascos em família..."
Como o caso veio à tona
- A vítima, já adolescente, encontrou coragem para denunciar
- As câmeras de um prédio próximo registraram situações suspeitas
- Peritos encontraram DNA em roupas da vítima
- O celular do acusado tinha mensagens comprometedoras
O delegado responsável pelo caso, que pediu para não ser identificado, foi enfático: "Sem as imagens, talvez ele ainda estivesse solto. A menina já tinha medo de falar, e a família demorou para acreditar nela".
A queda do monstro
Quando a polícia bateu à porta, o sujeito tentou se fazer de desentendido. Mas as provas eram esmagadoras. O juiz não teve dúvidas — condenação imediata.
Curioso (ou revoltante): durante o interrogatório, o criminoso chegou a dizer que "era carinho demais". Como se um adulto não soubesse perfeitamente a diferença entre afeto e violência.
Agora ele está atrás das grades, onde deveria ficar por muito tempo. Enquanto isso, a vítima — essa sim, uma verdadeira guerreira — tenta reconstruir a vida com apoio psicológico.
Um caso que serve de alerta: a violência sexual muitas vezes vem de onde menos se espera. E às vezes, são os olhos mecânicos das câmeras que ajudam a trazer justiça onde humanos falham em enxergar.
