
Um cenário de desleixo que corta o coração. Foi o que a polícia encontrou ao chegar àquela casa no Rio de Janeiro, onde um bebê de apenas 1 ano perdeu a vida em circunstâncias que beiram o inacreditável.
Paredes manchadas, chão pegajoso de sujeira acumulada, e — o mais revoltante — absolutamente nada de comida. Nem migalhas. A geladeira, um caixão vazio. A cena parece saída de um pesadelo, mas era o cotidiano daquela criança.
O baile fatídico
Enquanto a pequena vida se extinguia, a mãe, segundo testemunhas, estava pulando em um baile funk. "Ela saiu por volta das 20h e só voltou de madrugada", contou uma vizinha, a voz embargada. "Quando percebeu, já era tarde demais."
Os investigadores encontraram:
- Fraldas sujas empilhadas como torres precárias
- Mamadeiras com restos coagulados de leite azedo
- Berço improvisado com trapos imundos
Não era abandono — era um crime anunciado. O delegado responsável pelo caso, visivelmente abalado, falou em "falha sistêmica": "Como ninguém viu? Como ninguém denunciou antes?"
As perguntas sem resposta
O Conselho Tutelar já havia visitado a família? Vizinhos fecharam os olhos? A mãe — que agora responde por homicídio culposo — tinha histórico de negligência? São peças que a polícia tenta encaixar nesse quebra-cabeça macabro.
Enquanto isso, no mesmo bairro, funk continua tocando alto. A vida segue, mas praquele pedacinho de alma, a música parou pra sempre.