
Era um dia comum de trabalho para a cobradora — até que tudo mudou em questão de minutos. Na última terça-feira (13), por volta das 14h, no bairro de Paripe, em Salvador, um homem encapuzado invadiu o coletivo onde ela estava e tentou violentá-la. A cena, digna de filme de terror, deixou passageiros em pânico.
Segundo relatos, o criminoso — que agiu sozinho — aproveitou um momento de menor movimento para agir. "Ele subiu no ônibus como se fosse passageiro, mas logo mostrou suas reais intenções", contou uma testemunha que preferiu não se identificar. A vítima, uma mulher de 32 anos, reagiu com toda força que tinha.
O desespero da cena
Imagine só: você está fazendo seu trabalho normalmente, e de repente sua segurança é ameaçada da forma mais brutal possível. Foi assim, sem aviso, que a vida dessa profissional virou de cabeça para baixo. Os gritos dela ecoaram pelo veículo, atraindo a atenção de quem estava por perto.
Graças a Deus — ou ao instinto de sobrevivência da vítima —, o agressor não conseguiu completar seu intento covarde. Assustado com a reação da mulher e com a aproximação de populares, ele fugiu como um rato, deixando para trás apenas o trauma e a revolta.
Reação imediata
O caso foi registrado na 12ª Delegacia Territorial (DT), no bairro de Periperi. A Polícia Civil já iniciou as investigações e busca pelo suspeito — que, segundo descrições, estaria usando uma blusa vermelha no momento do crime.
Enquanto isso, a vítima recebe atendimento psicólogo. Quem trabalha com transporte público sabe: esses profissionais enfrentam riscos diários, mas nada justifica tamanha barbárie.
Moradores da região estão indignados. "Isso aqui tá virando terra sem lei", desabafou um comerciante local, enquanto acendia mais um cigarro com mãos trêmulas. A pergunta que fica: até quando as mulheres precisarão viver com medo simplesmente por exercerem seu direito de trabalhar?