
Era uma terça-feira aparentemente comum em Faro, município do oeste do Pará, quando a rotina da pequena cidade foi quebrada por uma ação policial decisiva. Por volta das 10h da manhã, agentes da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher e Vulneráveis (DEAMV) executaram um mandado de prisão que tirou das ruas um perigo real para a comunidade.
O alvo? Um homem de 35 anos – cujo nome não foi divulgado para preservar as investigações – acusado de crimes que beiram o inacreditável. Não se trata de um delito qualquer, mas de uma combinação perversa: violência sexual e tráfico de saúde.
Segundo as investigações, que rolaram silenciosamente por semanas, o suspeito usava as redes sociais como seu campo de caça. Ali, abordava mulheres – muitas delas em situação de vulnerabilidade – com promessas falsas e intenções das mais sombrias. Mas o esquema não parava por aí.
Dupla face criminosa
O que mais chocou os investigadores foi a diversificação criminal do indivíduo. Além dos crimes sexuais, ele mantinha um comércio ilegal de medicamentos controlados – especificamente remédios abortivos. Vendia esses produtos sem qualquer tipo de controle ou prescrição, colocando vidas em risco iminente por puro lucro.
"Não é todo dia que a gente encontra um caso com essa dualidade assustadora", comenta um delegado envolvido na operação, que preferiu não se identificar. "De um lado, a violência contra mulheres. De outro, a comercialização de saúde como se fosse mercadoria ilegal."
Os agentes não perderam tempo. Durante a prisão, realizada na casa do suspeito, encontraram evidências concretas que corroboram as acusações. Apreenderam celulares, computadores e uma quantidade significativa dos tais medicamentos – tudo agora em poder da polícia como material de investigação.
Longe das ruas
O indivíduo já está atrás das grades no sistema prisional de Santarém, onde aguardará o andamento do processo. As autoridades seguem investigando se havia outros envolvidos no esquema – porque raramente crimes assim funcionam sem alguma rede de apoio.
Para as mulheres de Faro e região, a prisão traz um alívio tangível. "Saber que esse perigo está neutralizado nos dá algum sossego", diz uma moradora que preferiu não se identificar. "Ninguém merece viver com medo de que predadores assim estejam soltos por aí."
O caso segue sob investigação da DEAMV, que pede para que qualquer pessoa com informações adicionais entre em contato através dos canais oficiais. Às vezes, o silêncio é cúmplice – e quebrá-lo pode evitar novas vítimas.