
O coração pesa ao contar essa história. Uma dessas notícias que a gente lê e fica imaginando como alguém é capaz de tamanha crueldade. Em Mato Grosso, um homem de 32 anos está atrás das grades depois que uma investigação revelou os horrores que uma criança de apenas três anos sofreu antes de morrer.
Parece que foi ontem — na verdade, era setembro do ano passado — quando o menino chegou sem vida a um hospital em Rondonópolis. Os médicos, sabe como é, desconfiaram na hora que aquilo não era morte natural. As marcas no corpinho contavam uma história diferente, muito mais sombria.
As provas que não mentem
O laudo pericial não deixa margem para dúvidas — e é de cortar o coração. A criança sofreu traumatismo craniano, além de múltiplas lesões pelo corpo. Coisa de doer na alma. Os investigadores, coitados, devem ter tido noites sem dormir com esse caso.
O delegado Marcelo Augusto Mendonça, que comanda as investigações, falou com aquela voz grave de quem já viu muita coisa: "As lesões eram incompatíveis com qualquer tipo de acidente doméstico". Traduzindo: alguém fez aquilo de propósito.
O suspeito e as circunstâncias
Eis que entra em cena W.R.S.S., de 32 anos. O que me deixa pensando — como alguém na casa dos trinta pode cometer uma barbaridade dessas? Ele era da família, sabia? Morava na mesma casa que a criança em Rondonópolis.
A polícia prendeu ele em flagrante por maus-tratos, mas a coisa não para por aí. A medida é preventiva, o que significa que a investigação continua e outras acusações podem surgir. O Ministério Público já entrou com pedido de prisão preventiva, e a Justiça concordou.
Detalhe que faz a gente tremer: o homem assumiu que deu umas "palmadas" no menino. Palmadas, ele diz. O laudo mostra algo completamente diferente — lesões graves, generalizadas. Me perdoem a franqueza, mas isso me cheira a tentativa de minimizar a brutalidade.
O que vem por aí
O caso agora está nas mãos da 2ª Vara Criminal de Rondonópolis. Enquanto isso, o preso vai responder pelo crime em regime fechado. A defesa, claro, vai tentar reverter a situação — sempre tentam.
O que fica é aquela pergunta que não quer calar: até quando vamos ver casos assim? Crianças indefesas, violentadas dentro da própria casa, que deveria ser seu porto seguro. A sociedade precisa acordar para essa realidade dura e cruel.
Rondonópolis está em choque — e com razão. Uma comunidade inteira se perguntando como não percebeu, como não impediu. Essa dor coletiva é o retrato de um problema que vai muito além desse caso específico.