
Não é exatamente o que você espera encontrar num lugar de descanso eterno, não é? Pois bem. Um cenário de puro abandono – daqueles que cortam a respiração – veio à tona no Cemitério São José, em Macapá. E olha, a coisa é feia.
Imagine só: um túmulo, ou melhor, o que restou dele, completamente violado pelo tempo e pela negligência. Lá estavam, expostas a quem passasse, ossadas humanas. Sim, você leu certo. Restos mortais à vista de todos, sem qualquer respeito ou dignidade. Uma cena que mais parece sair de um filme de terror, mas era a pura e crua realidade na última segunda-feira (8).
Quem deu o alerta foram justamente as pessoas que vivem ali por perto. Cansadas de ver aquele descaso, resolveram gritar por ajuda. E não é para menos! É de cair o queixo como um local tão sagrado pode ser tratado com tamanho desprezo. A prefeitura, claro, já foi acionada. Mas a pergunta que fica, e que todo mundo se faz, é: como as coisas chegaram a esse ponto extremo?
O Retrato de um Descaso Anunciado
O problema, veja bem, vai muito além de uma cova específica. O que se vê no São José é sintoma de uma doença maior. Um cemitério público, que deveria ser local de paz e memória, transformado em palco para essa tristeza toda. A estrutura parece clamar por socorro, com túmulos em frangalhos e a natureza avançando onde a administração recua.
É aquela velha história… A falta de manutenção contínua, a escassez de recursos – ou será de vontade política? – criam esse tipo de situação deplorável. E no meio disso tudo, quem sobra? As famílias que perderam seus entes queridos e agora têm de encarar essa falta de cuidado. É de revirar o estômago.
E Agora, José?
Agora, o protocolo entrou em ação. A perícia técnica foi chamada para examinar a ossada, tentando descobrir a quem pertencia e, talvez, como aquele túmulo foi parar naquele estado lastimável. Enquanto isso, a prefeitura prometeu isolar a área e… fazer a limpeza do local.
Mas promessa é uma coisa, ação é outra. A comunidade está de olho. Exige, e com toda a razão, uma solução permanente. Querem ver o cemitério recuperado, com manutenção regular que garanta o mínimo de dignidade. Ninguém merece passar por isso ao visitar quem já se foi.
No fim das contas, esse caso vai além de um simples incidente. Ele escancara uma ferida urbana, uma questão de gestão pública e, principalmente, de humanidade. Ou a falta dela. Em Macapá, a morte nem mesmo pode descansar em paz.